segunda-feira, 3 de março de 2008

Comitê brasileiro cria banco de leite para ajudar mães da África

A infância africana encontrou um salva-vidas para não sucumbir a uma doença silenciosa. Em combate à disseminação do vírus da Aids aos recém-nascidos, o Comitê brasileiro de luta contra a doença criou um banco de leite materno destinado às mães soropositivas de Cabo Verde.

A iniciativa faz parte de um programa de colaboração com a África que já envia medicamentos e oferece assistência especializada às gestantes infectadas. Uma soma de instrumentos de prevenção para que, em 2010, todas as mulheres grávidas de Cabo Verde consigam diagnosticar a doença e ainda seguir os cuidados indicados.

O problema também afeta o Quênia. Em outubro de 2006, 64 mil mulheres tiveram resultado positivo ao teste de pesquisa de anticorpos do anti-vírus do HIV. Uma difusão que chega aos 7,7% entre as mulheres e que atinge diretamente os filhos. Pesquisas do Conselho Nacional de Controle indicam que a taxa de difusão do HIV e Aids diminuiu 6,1 por cento no país, mas que 39 mil crianças, hoje, precisam de remédios para controlar a doença, sem falar nos mais de um milhão de órfãos em conseqüência da epidemia.

A nação africana é a mais atingida, principalmente pela pobreza que assola o país, que é um dos fatores predominantes para disseminação da doença. A ONU alerta que, a cada minuto, uma criança menor de 15 anos morre de Aids e que o número de órfãos pode aumentar para 18 milhões em 2010, com um crescimento de 10 por cento ao ano.

O impacto social e econômico das nações atingidas poderá ser tão grande quanto as conseqüências do superaquecimento do clima. A situação alarmante é sempre foco de debate em conferências organizadas por instituições não-governamentais em todo o mundo.

Nenhum comentário: