sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Mulheres chefiam mais de um terço das famílias brasileiras, mostra pesquisa.

O aumento da presença feminina no mercado de trabalho impulsionou as mulheres à chefia de mais de um terço das famílias brasileiras até 2008, indicou um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (9). De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais (SIS), esse número subiu de 25,9% há 11 anos para 34,9% no ano passado.

Mesmo quando há um homem presente, 9,1% das mulheres são consideradas a pessoa de referência da casa, contra 2,4% delas em 2008, apontou o levantamento feito com base em informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Os dados levam em consideração apenas a opinião dos próprios membros da família.

"Esses dados podem estar revelando aspectos importantes para a análise das transformações que vêm ocorrendo de forma substancial no contexto das relações familiares e de gênero, na maioria das sociedades atuais", diz o texto divulgado pelo IBGE.

"Entretanto, é necessário investigar os motivos pelos quais a escolha da pessoa de referência é feita, para se obter subsídios e compreender melhor o significado dos papéis exercidos pelos membros que compõem as famílias no Brasil." A situação financeira, indica a pesquisa, é determinante compreender isso, aponta o instituto.

Ainda donas de casa
A participação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro saltou de 42 para 47,2% entre 1998 e 2008 - que não significa, entretanto, que elas tenham se livrado das tarefas domésticas.

Entre as que têm emprego, 87,9% cuidam dos afazeres do lar, enquanto entre os homens esse número chega a 46,1%. O número médio de horas semanais dedicado a tarefas domésticas pelas mulheres é de 20,9. Para os homens, 9,2 horas.

As mulheres também levam vantagem na escolaridade média - o que influencia na entrada mais tardia delas no mercado de trabalho e, por consequência, tem peso sobre o número feminino na condição de chefe de família.

Em 2008, em áreas urbanas, a média das mulheres foi de 9,2 anos de estudos, contra 8,2 anos para os homens. No campo, elas somam 5,2 anos de escola na média, contra 4,4 anos deles.

Por Maurício Savarese
Fonte: UOL Notícias

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Dom Geraldo Lyrio preside celebração de abertura da 3ª Semana Brasileira de Catequese

O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Geraldo Lyrio Rocha, presidiu, ontem (07), em Itaici (SP), a celebração de abertura da 3ª Semana Brasileira de Catequese (SBC). O evento reuniu 480 catequistas de todo o país, dentre os quais, dois cardeais, 25 bispos, vários padres e religiosas, além de assessores da CNBB. Eles discutirão, até domingo, 11, o processo de iniciação dos batizados à vida cristã.

A celebração foi marcada por símbolos que lembram a adesão das pessoas fé cristã pelo batismo e seu compromisso com o anúncio do evangelho de Jesus Cristo. Ao final, os coordenadores da catequese nos 17 Regionais da CNBB entregaram a cada participante uma cruz, lembrando o compromisso de todos como missionários assumido no dia do batismo.

A primeira Semana Brasileira de Catequese foi realizada pela CNBB em outubro de 1986 e teve como tema “Catequese, fé e vida em comunidade”. Em 2001, a 2ª Semana de Catequese discutiu o tema “Com adultos, catequese adulta”.

A 3ª SBC faz parte da programação do Ano Nacional Catequético, lançado pela Comissão Bíblico-catequética da CNBB. Segundo o presidente a Comissão, dom Eugênio Rixem, a Semana “é a culminância de todas as atividades desenvolvidas ao longo do Ano Catequético”. “O tema ‘Iniciação à vida cristã’ nos desafia a centrar forças na ação evangelizadora através de uma catequese que forma para o discipulado”, completa.

Fonte: C.N.B.B.

Para não falar mal dos outros - Aprendemos a usar o filtro triplo da verdade

Uma pessoa muito desejosa para mudar de vida se esforçava para não cometer os mesmos defeitos e pecados me segredou: _Padre o que faço para me controlar, não julgar e falar mal das pessoas?

Como esta nossa irmã temos muitos pequenos defeitos e vícios que precisam ser controlados através de uma firme e consciente luta interior. Por exemplo, falar mal dos outros revela o quanto somos inseguros, invejosos e muita imaturidade para trabalhar os relacionamentos e conflitos interiores.

Um segredo para crescer nas virtudes é a perseverança nas suas práticas e, isso requer sempre esforço, renuncia e oração, contando sempre com o auxilio do Divino Espírito Santo, nosso mestre de santidade. Eu lembrei desta historia, é bom fazer uma revisão dos nossos costumes:

Certa pessoa encontrou-se com o filosofo Sócrates e lhe disse: _ Tenho algo a lhe dizer sobre um amigo seu… Sócrates respondeu: _ Permita-me lhe propor passar pelo Filtro Triplo para aceitar seu comentário.

A pessoa disse claro que sim, o que é esse tal de filtro triplo?_ Para que eu te ousa falar algo de alguém, mesmo que não fosse meu amigo, teria que passar por um filtro de três condições.

A primeira é a VERDADE, você tem absoluta certeza de que, o que vai me falar é verdadeiro?_ O camarada respondeu: não, ouvi outra pessoa falar isso sobre seu amigo. _ Sócrates disse: então não tenho dever nenhum em te ouvir já que não tens a veracidade do que vais me falar, mesmo que a pessoa em questão não fosse digna de respeito. E continuou Sócrates, vou te revelar o segundo filtro para que eu pudesse te ouvir, já que a Verdade seria suficiente para não te escutar.

É o filtro da BONDADE. É bom para eu saber o que tens a me dizer sobre meu amigo? _ O homem respondeu: não é algo bom, é desagradável. _ Retrucou Sócrates: se não é verdadeiro e muito pior, para que me interessaria saber algo que poderia estragar o meu dia, não sendo verdadeiro nem bom. Mas vou te falar sobre o terceiro filtro para que as nossas conversas não sejam vazias e nada construtivas.

É o filtro da UTILIDADE, será para mim e para você algo útil, vai me servir para aumentar minha sabedoria e credito sobre meu amigo?_ O homem cosou a cabeça e disse: não acho que seja útil nem para mim nem para ti. _ Pois bem, disse Sócrates, a nossa conversa acaba por aqui, sabendo que, o que devemos acumular nesta vida é a Sabedoria.

Como seria bom se todas as nossas conversas passassem por este filtro, isso sem falar que falta um filtro preciosíssimo ao nosso caro filosofo Sócrates, o filtro da CARIDADE, ou seja, O AMOR FRATERNO, que nos foi ensinado por Jesus Cristo, o mestre dos mestres. Seu ensinamento foi simples, mas capaz de mudar o mundo.

Vejamos o que nos diz São João: “Filhinhos, não amemos só com palavras e de boca, mas com ações e de verdade! Ai está o critério para saber que somos da verdade; e com isto tranqüilizaremos na presença dele o nosso coração”. 1João 3,18-19

Mais do que uma filosofia o Amor é um principio de vida. Todas as outras práticas, respeito, verdade, bondade e utilidade, têm no amor o seu alicerce principal. Antes de tudo, faltam a nós esses passos do filtro triplo porque nos falta o amor, a compaixão. Ele é uma conquista, exige tempo, suor e muitas vezes lagrimas. È preciso saber perder, para ganhar, pois amar muitas vezes é renunciar, é esquecer de si, para que o outro venha pra fora, é aprender a promover o outro, e porque não dizer morrer, para que o outro viva.

Isso tudo nos ensinou Jesus, não um filosofo, mas um mestre da vida, do comportamento, do respeito humano, da qualidade de vida, da dignidade da pessoa, porque, antes de tudo nos ensinou que o AMOR é a única maneira de mudarmos o mundo a partir das pessoas. Faltam verdade, bondade e utilidade, porque antes de tudo falta-nos o amor, e todas as pessoas são capazes de amar. Podemos usar o filtro de Sócrates, mas acrescentamos à vida de Jesus, o amor.

Minha benção fraterna.

Padre Luizinho
Com. Canção Nova

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Família - As crianças e a Bíblia

Volto a dizer que me deixa muito feliz ouvir o testemunho de um número cada vez maior de casais que estão iniciando seu dia ouvindo, meditando e rezando o Evangelho (da liturgia diária), encontrando nele a luz para enfrentar os desafios à fé e procurando transformá-lo em testemunho na família, no trabalho e na convivência social.

É motivo de alegria saber que começa a ser colocado em prática o recado às famílias, dado pelo Sínodo dos Bispos sobre a Palavra de Deus. Realizado em Roma em outubro de 2008, com o tema “A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”, a Mensagem Final dos Bispos recomendava: “Queridos irmãos e irmãs, guardai com carinho a Bíblia em vossas casas, lede-a, aprofundai e compreendei plenamente suas páginas, transformai-as em oração e testemunho de vida... (...) Fazei que ela ressoe no começo do vosso dia, para que Deus tenha sempre a primeira palavra, e deixai-a ressoar em vós à noite, para que a última palavra seja de Deus”.

A Bíblia e as crianças

Mais alegre me torno na medida em que fico sabendo que muitos pais estão descobrindo o jeito de envolver seus filhos ainda crianças nessa escuta ou leitura diária da Palavra de Deus. Isso é muito bonito. É precioso investimento. As sementes dos valores evangélicos, lançadas diariamente neste terreno fértil, que é o coração das crianças, certamente se multiplicarão em preciosos frutos de vida. A família e a sociedade agradecem porque serão profundamente beneficiadas.

Os pais são os primeiros catequistas de seus filhos. Ensinam, sobretudo, a partir do exemplo. Os filhos valorizam a Bíblia na medida em que vêm pai e mãe lendo e meditando, diariamente, a Palavra de Deus e colocando-a em prática. Esse testemunho permitirá que eles, os filhos, possam, desde cedo, ir aprendendo a ler e a perceber a importância da palavra divina em suas vidas, deixando-se também moldar pelos critérios de Deus.

Narrar ou ler histórias da Bíblia

Para os pais, primeiros catequistas de seus filhos, na medida em que avançam na vivência da fé – baseada na experiência do encontro com a pessoa de Jesus Cristo, da escuta de sua Palavra e no conseqüente compromisso da missão –, é importante que também evoluam no conhecimento da Bíblia e na maneira mais adequada e pedagógica de transmiti-la aos filhos.

Nesta perspectiva, deve-se valorizar a narração ou mesmo a leitura das histórias da Bíblia. Contar história é uma forma de comunicação e um método agradável de ensino. É uma arte que faz parte do patrimônio cultural dos povos.

Na Bíblia encontramos textos que podem ser lidos, outros narrados e, melhor ainda, outros que podem ser encenados, sobretudo quando se consegue ter em volta um número maior de crianças. É importante que tanto a leitura quanto a narração ou a encenação consigam transmitir a beleza e o encantamento da mensagem. É bem provável que esses encontros, agradáveis por natureza, se tornem também inesquecíveis.

Não é demais lembrar os pais que procurem focalizar a ação libertadora de Deus, expressa no fato bíblico. Por outro lado, deve-se ter o cuidado de não fixar a atenção somente no aspecto moral. Sempre que possível, ligar o passado com o presente, atualizando o texto.

Como narrar bem as histórias bíblicas?

Irmã Jovelina de Lourdes Pereira, nossa conhecida mestra em Catequese, sempre presente na p. 8 deste jornal, dá as dicas para pais e catequistas fazerem uma boa narração de histórias bíblicas:

– Escolher adequadamente o texto. Estudá-lo, ter segurança na seqüência dos fatos.

– Narrar com emoção, vivendo a história.

– Vivacidade na narração: fazer gestos, sem exagerar.

– Modular a voz, adequadamente... Boa dicção.

– Utilizar sons onomatopaicos (imitar os sons).

– Evitar cacoetes como: aí...aí... aí..., né... né... então... então...

– Fazer pausas rápidas, após momentos de suspense.

– Não falar alto nem baixo demais.

– Usar gravuras, se possível.

– Entusiasmo e alegria, ao narrar às maravilhas que Deus fez e faz para nós.

Como ler as histórias da Bíblia?

Além das importantes observações acima, nossa Irmã Jovelina recomenda para as leituras de histórias da Bíblia mais estes detalhes:

– Escolher o texto que deve ser lido. Os textos que descrevem paisagens são mais próprios para serem lidos, a fim de não perder a beleza da descrição. Ex: Tempestade: Lc 8,22–25. Os textos com mais enredo são mais indicados para a narração. Ex: Filho Pródigo: Lc 15,11–32.

– Garantir o silêncio do grupo, antes de iniciar a apresentação do texto bíblico.

– Cuidar que a velocidade da voz seja adequada à natureza do texto.

– Fazer pausas e pontuação corretas, facilitando ao filho ou catequizando a visualização mental da cena, o “sentir” e o “acolhimento” à Palavra em seu coração.

– Dar vida à leitura, aos diálogos, caracterizando os personagens, proporcionando a emoção que o texto inspira, observando as características do texto: diálogos, cenas tristes ou alegres, sentimentos de raiva ou de compaixão.

Primado da Palavra de Deus na família

Os pais educam, formam seus filhos, transmitem-lhes valores por aquilo que são e fazem. A força do exemplo vale mais do que milhares de palavras.

De fato, os filhos precisam mais de modelos a imitar do que de simples instrutores. Vendo os pais apaixonados pelo Reino de Deus, aprendem a orientar sua vida pelos valores do Reino. Vendo os pais dando o primado à Palavra de Deus na vida da família, buscarão também pautar sua vida pelos ensinamentos divinos.

Fonte: O Lutador
Local:Belo Horizonte

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O novo papel do gerente - I Por Ítalo Brito

Por Ítalo Brito

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Ao se observa as organizações notadamente se compreende que por trás de uma posição jurídica existem pessoas com características diferenciadas, alocadas em posições ou setores, que interagem com uma formalidade organizacional, sobre a batuta de um ou mais maestros denominados lideres (gerentes) que orquestram os indivíduos nas tarefas visando sempre à eficácia nos resultados planejados pela organização. Lembre-se de que você pode ser considerado um gerente, mas você não será um líder até que sua situação não seja ratificada nos corações e nas mentes daqueles que trabalham para você. (SILVA 2001, p. 263).

As atividades gerenciais constituem a essência da administração por meio de terceiros. Para que exista uma organização formal, é preciso haver objetivo, divisão de trabalho, fonte de autoridade e relação entre pessoas e grupos. Conforme Chiavenato (2000, p. 444), “cabe ao administrador e gerentes que compõe esse cenário fazer com que isso fique explicitado, de modo a viabilizar o funcionamento eficaz e eficiente da organização e isso é visualizado entre o nível institucional e o de operações”. Os modernos manuais de liderança oferecem uma infinidade de métodos, técnicas e conceitos que tem provado possuir eficácia, e esses permitem ao gerente usar ferramentas para estimular e aperfeiçoar melhores relações entre empresa e seus colaboradores.


Motivar e aperfeiçoar os colaboradores, proporcionando a todos, um nível satisfatório de comprometimento, são as atribuições que a moderna liderança desempenha para assegurar a efetividade nas tarefas. O gerente atualizado procura munir-se das técnicas de comunicação, treinamento, indução e um espírito empreendedor, pois esses aspectos são fundamentais no papel do novo gerente e estimula o crescimento, o progresso da organização, melhorando a produtividade, proporcionando a equipe satisfação profissional.

A missão de um líder no ambiente formal da organização é muito importante, e o mesmo deve focar a importância da organização na sociedade, compreendendo que seu papel de liderar é ter um foco voltado para o exercício da autoridade, levando outras pessoas a realizarem as atividades necessárias para que organização atinja seus objetivos e cumpra seu papel social.

No exercício da gestão, os líderes contemporâneos são desafiados a uma postura de encanto, com as habilidades necessárias para uma liderança eficiente, atraindo pessoas para estarem ao seu lado. Uma vez que seu papel é inspirar em seus colaboradores, confiança e lealdade.

Quando um líder é capaz de atrair outros ao seu comando, ele modificará o que for necessário, na cultura de suas organizações, e trará para a prática ou realidade, seus ideais. O novo gerente deve quebrar os paradigmas de um relacionamento desenvolvido por meio dos sentimentos de medo, intimidação, culpa e dependência, estabelecer um campo de ação envolvente com uma equipe interagindo de forma consensual, pois no ambiente organizacional, todos estão vivendo a mesma complexidade. O gerente administra: o líder inova, o gerente é uma copia; o líder é original, o gerente mantém; o líder desenvolve, o gerente prioriza sistemas e estrutura; o líder prioriza pessoas. De acordo com Bennis, Snell (1994, p. 122); “A capacidade de um líder mobilizar seus colegas reside tanto em seu entendimento de si mesmo quanto em seu entendimento das necessidades e desejos de seus colegas. Neste tipo de líder, competência, visão e virtude coexistem em equilíbrio quase perfeito. Virtude sem visão e conhecimento gera ideólogos. Visão sem virtude e conhecimento gera demagogos”.