sexta-feira, 4 de julho de 2008

Bento XVI vai receber Ingrid Betancourt

O Papa Bento XVI vai receber Ingrid Betancourt. A afirmação foi feita pelo diretor-adjunto da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Ciro Benedettini. A data ainda não foi definida, segundo padre Ciro, o encontro ocorrerá assim que for possível concilia-lo com a agenda e compromissos de Bento XV.

A Santa Sé, e os Bispos da Colômbia se pronunciaram ontem sobre a libertação de Betancourt. A notícia foi recebida com satisfação, mas permanece o pedido de que sejam libertados todos os reféns.

Hoje, a franco-colombiana Ingrid Betancourt chegou à França acompanha de familiares, e foi recebida pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a primeira-dama Carla Bruni.

A ex-candidata presidencial a Colômbia, seqüestrada em 23 de fevereiro de 2002, foi libertada nesta quarta-feira.

Fonte: Canção Nova

Corpo encontrado em alto mar pode ser de padre desaparecido

Já se encontra no Instituto Médico Legal (IML) de Macaé, o corpo que seria do padre Adelir Antônio de Carli, que desapareceu no final de abril quando viajava preso a balões de gás hélio, no litoral do Paraná.

O corpo foi encontrado a 100 quilômetros da costa do município no norte fluminense no final da tarde desta quinta-feira, 3, pelos tripulantes do rebocador Anna Gabriela, que presta serviços à Petrobras e, levado ao IML de Macaé, base mais próxima da empresa em terra firme.

O pai do padre, Aurélio de Carli, 65, viaja, ainda neste final de semana, para o Rio de Janeiro a fim de fornecer o material que será utilizado no exame de DNA que identificará o corpo.

Segundo o médico Paulo Augusto Alves, chefe do IML da cidade, o corpo está em estado avançado de decomposição e só foi possível perceber que estava há muito tempo nas águas e se trata de um homem.

Padre queria divulgar Pastoral

O padre havia saído da cidade de Paranaguá (PR) na manhã do dia 20 de abril, um domingo, alçando vôo preso a balões de gás hélio e deveria pousar em Dourados (MS). Os ventos e o mau tempo teriam desviado o padre Carli de seu percurso, levando-o à costa catarinense.

De acordo com informações dadas à época do desaparecimento pelo Corpo de Bombeiros da cidade, pelas coordenadas recebidas pela Capitania dos Portos, o balão teria desaparecido em uma região próxima ao balneário de Penha, que fica a cerca de 74 quilômetros de São Francisco do Sul.

Suspenso por cerca de mil balões, Carli queria ficar 20 horas no ar e bater o recorde neste tipo de vôo. Segundo a equipe que apoiava o padre, o recorde neste tipo de vôo pertence a dois norte-americanos, que ficaram 19 horas no ar.

Além do recorde, o padre dizia ainda que iria divulgar a Pastoral Rodoviária, de apoio a caminhoneiros.

Mesmo com o céu nublado e pancadas de chuva, o padre manteve o vôo. Segundo o empresário José Agnaldo de Morais, da equipe de apoio, Carli chegou a ser aconselhado a adiar a viagem, mas se recusou.

Fonte: Canção Nova

Bento XVI inaugura leitura completa da Bíblia na Televisão

O Papa Bento XVI vai inaugurar, no dia 5 de Outubro, um ciclo de leitura diária da Bíblia. "A Bíblia dia e noite" é o nome do projeto, da responsabilidade da estrutura da TV estatal italiana RAI, que promete a leitura ininterrupta da Bíblia e do Novo Testamento, dia e noite, entre os dias 5 e 11 de Outubro.

A partir da Basílica de Santa Cruz de Jerusalém, em Roma, este ciclo vai marcar a abertura do Sínodo dos Bispos sobre a Palavra de Deus e no âmbito do Ano Paulino.

A notícia foi anunciada pelo responsável da RAI, Giuseppe De Carli, na presença do presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, Dom Gianfranco Ravasi.

O Papa vai ler o primeiro capítulo do Gênesis, no entanto a organização não definiu ainda se a leitura de Bento XVI será transmitida ao vivo ou gravada.

No outros dias da semana, os responsáveis pela leitura diária serão pessoas de todas as categorias sociais e de crenças religiosas. A conclusão do ciclo está marcada para o dia 11 de Outubro, e será feita pelo Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, que lerá o Capítulo XXII do Apocalipse.

terça-feira, 1 de julho de 2008

"Combater a pobreza, construir a paz" é tema do 42º Dia da Paz

"Combater a pobreza, construir a paz". Este foi o tema escolhido para a mensagem do Papa Bento XVI para o 42º Dia Mundial da Paz, que será celebrado em dia 1º de janeiro do próximo ano.

A temática escolhida pelo Papa pretende sublinhar a necessidade de uma resposta urgente da família humana à grave questão da pobreza, entendida como problema material mas, antes de tudo, moral e espiritual.

Recentemente o Santo Padre denunciou o escândalo da pobreza no mundo: "Como se pode permanecer insensíveis aos apelos daqueles que, nos diversos continentes, não conseguem alimentar-se suficientemente para viver? Pobreza e desnutrição não são uma mera fatalidade, provocada por situações ambientais adversas ou por desastrosas calamidades naturais (...). As considerações de caráter exclusivamente técnico ou econômico não devem prevalecer sobre os deveres de justiça para com todos aqueles que padecem a fome" (Mensagem de Sua Santidade Bento XVI à FAO - 2 de junho 2008).

"O escândalo da pobreza manifesta a ineficácia dos atuais sistemas de convivência humana na promoção e realização do bem comum" (cfr Concilio Vaticano II, Cost. past. Gaudium et spes, 69). Por isso torna necessária uma reflexão sobre as profundas raízes da pobreza material e sobre a "miséria espiritual" que torna o homem indiferente aos sofrimentos do próximo.

A resposta deve, então, ser buscada antes de tudo na conversão do coração do homem ao Deus da Caridade (cfr Benedetto XVI, Lett. enc. Deus caritas est), para conquistar assim a "pobreza de espírito" segundo a Mensagem de salvação anunciada por Jesus no "Discurso da Montanha": "Bem-aventurados os pobres de Espírito, porque deles é o reino dos céus" (Mt 5,3).

Fonte: Rádio Vaticano

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Bispos brasileiros recebem Sagrado Palio

Neste Domingo, 29, Solenidade de São Pedro e São Paulo, o Papa Bento XVI presidiu a Liturgia Eucarística com a imposição do sagrado Palio a 40 arcebispos metropolitas, entre os quais dois brasileiros: o arcebispo de Vitória da Conquista, na Bahia, o capuchinho Dom Luís Gonzaga Silva Pepeu; e o de Cascavel, no Paraná, Dom Mauro Aparecido dos Santos.

A Celebração contou com a presença do Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, que foi acolhido pelo Papa à entrada da Basílica de São Pedro. Com um gesto de grande valor ecumênico, Bento XVI cedeu a palavra, durante a Missa, ao patriarca de Constantinopla Bartolomeu I pedindo que fosse ele a proferir a homilia para a grande festa dos Santos Pedro e Paulo, Padroeiros da Igreja de Roma e colocados como fundamento juntamente com os outros Apóstolos, da Igreja, una, santa, católica e apostólica.

Esta festa, explicou o Papa, "traz-nos todos os anos a agradável presença de uma Delegação fraterna da Igreja de Constantinopla, que este ano, por causa da abertura do Ano Paulino, é guiada pelo próprio Patriarca, Sua Santidade Bartolomeu I. A ele dirijo a minha saudação cordial, enquanto exprimo a alegria de ter mais uma vez a feliz oportunidade de trocar com ele o beijo da paz, na esperança comum de ver aproximar-se o dia da unitatis redintegratio, o dia da plena comunhão entre nós".

Em seguida, o Papa saudou os membros da Delegação patriarcal e os representantes de outras igrejas e comunidades eclesiais que o honravam com a sua presença, oferecendo com isso um sinal da vontade de intensificar o caminho para a unidade plena entre os discípulos de Cristo.

Palavras do Patriarca de Constantinopla

"Dispomo-nos agora - acrescentou Bento XVI - a escutar as reflexões de Sua Santidade o Patriarca Ecumênico, palavras que queremos acolher com o coração aberto, porque vêm do nosso Irmão amado no Senhor".

O Patriarca Bartolomeu observou, dirigindo-se ao Papa, que "o diálogo teológico entre as nossas Igrejas, graças à ajuda divina, continua em frente, para além das notáveis dificuldades que subsistem sobre as conhecidas problemáticas".

"Desejamos verdadeiramente – afirmou o Patriarca – e rezamos muito por isso, para que estas dificuldades sejam superadas e os problemas dissolvidos o mais rapidamente possível, para atingir o objetivo final, a glória de Deus".

A homilia do Patriarca Ecumênico Bartolomeu I terminou com os votos de "uma próxima comunhão completa, união da fé e comunhão do Espírito Santo, nos laços da paz, nesta terra, e no céu a vida eterna e a grande misericórdia".

As palavras de Bartolomeu I foram acolhidas com um longo aplauso.

Permanente missão de Pedro

Sucessivamente Bento XVI retomou a palavra e depois de ter agradecido ao Patriarca quis recordar que a missão permanente de Pedro e portanto a própria, como seu sucessor, é aquela de "fazer com que a Igreja nunca se identifique com uma única nação, com uma única cultura, com um único estado. Que seja sempre a Igreja de todos".

"Que reúna a humanidade para além de qualquer fronteira e no meio das divisões deste mundo, torne presente a paz de Deus, a força reconciliadora do seu amor", destacou.

Segundo Bento XVI, "no mundo globalizado de hoje, graças à técnica igual em todo o lado, graças à rede mundial de informações, bem como graças à ligação de interesses comuns, existem novas maneiras de unidade, mas é uma unidade sobre as coisas materiais, que muitas vezes fazem explodir novos contrastes".

"Pelo contrário o mundo precisa cada vez mais de unidade interior que provém da paz de Deus. Portanto a missão permanente de Pedro, mas também tarefa particular confiada à Igreja é reconduzir a esta unidade a humanidade inteira".

Depois da homilia, Bento XVI e Bartolomeu I, recitaram juntos o credo segundo o símbolo niceno-constantinopolitano na língua original grega, segundo o uso litúrgico das igrejas bizantinas.

Seguiu-se a oração universal dos fiéis cujas intenções foram propostas em seis línguas: alemão árabe,francês, swahili, chinês e português.

Em seguida, foi a imposição do Palio, uma insígnia litúrgica de "honra e jurisdição". Para além do próprio Papa, os Palios são também envergados pelos Arcebispos Metropolitas nas suas Igrejas e nas da sua Província eclesiástica. Esta insígnia é feita com a lã de dois cordeiros brancos benzidos pelos Papas na memória litúrgica de Santa Inês, a 21 de Janeiro.

Fonte: Rádio Vaticano