quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Dom Geraldo Lyrio preside missa na reunião do Consep

O arcebispo de Mariana (MG) e presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, presidiu a missa nesta quinta-feira, 25, na capela Nossa Senhora Aparecida, na sede da CNBB. Participaram da celebração os bispos do Conselho Episcopal Pastoral da CNBB, que está reunido deste terça-feira, 23, além dos assessores da CNBB.

Em sua homilia, dom Geraldo destacou que a oração deve marcar a vida dos cristãos no tempo da quaresma. “O tempo quaresmal nos convida a intensificar a oração, a voltar nosso coração para Deus e a perceber sua presença em nossa própria vida, reconhecendo que ele cuida de nós. Pela oração, expressamos a íntima convicção de que Deus está conosco, e manifestamos nossa confiança em sua palavra e em sua presença”, disse.

“A Quaresma é tempo privilegiado para tomar consciência das situações desafiadoras e às vezes até dramáticas de nossa vida e da vida de nosso povo, na certeza de que o Senhor ‘transforma nosso luto em alegria e nossas dores em bem-estar’ (Est 4,17)”, acrescentou

Dom Geraldo lembrou que a petição faz parte da oração e é motivada pelo próprio Cristo. “O evangelho há pouco proclamado nos garante que todo aquele que pede, recebe (cf. Mt 7,7). Para a maior parte das pessoas, oração é sinônimo de petição. E é esta forma de oração que nos é aqui recomendada. A deliberada repetição da tríplice fórmula, pedi e recebereis, buscai e achareis, batei e se abrirá tem a finalidade de assegurar aos discípulos que a oração será escutada, e de encorajar-lhes a apresentar seus pedidos a Deus. Se quisermos receber, primeiramente temos que pedir. Quem pede, confessa sua pequenez, reconhece suas necessidades e, ao mesmo tempo, expressa confiança naquele a quem dirige o pedido. Quem procura, mostra que não se conforma em ficar sem o que busca. Quem, com humildade, bate à porta, reconhece a capacidade de quem lhe pode socorrer”.

Fonte: C.N.B.B.


Papa e Cúria Romana continuam Exercícios Espirituais

O Santo Padre e a Cúria Romana prosseguem os Exercícios Espirituais em preparação à Quaresma, dedicados ao tema Lições de Deus e da Igreja sobre a vocação sacerdotal, até o final desta semana.

As meditações são conduzidas pelo sacerdote salesiano Enrico dal Covolo, que é posturador geral da Família Salesiana, membro do Comitê Pontifício de Ciências Históricas, consultor da Congregação para a Doutrina da Fé e professor de literatura cristã antiga na Pontifícia Universidade Salesiana.

Até o término das atividades, todas as audiências do Pontífice foram canceladas, inclusive a tradicional Audiência Geral (Catequese) das quartas-feiras.

Após a reflexão sobre a figura de Santo Agostinho, na segunda-feira, 22, e a oração pelas vocações sacerdotais, na terça-feira, 23, a oração foi pelos missionários e o tema da meditação foi a figura de Santo Cura de Ars.

Nesta quarta-feira, 24, é a jornada da penitência, na qual se analisarão outras histórias bíblicas sobre a vocação: a tentação, a dúvida e as resistências fazem parte de nossa história (cf. Marcos, 1-8); sempre pecadores e sempre perdoados (cf. Lucas, 7, 36-50 e Gálatas, 5, 1.13 – 25). Na meditação da tarde se falará da obra "Diário de uma padre rural", de Georges Bernanos.

A quinta-feira, 25, jornada cristológica, será dedicada à vocação dos primeiros discípulos e se analisará a figura do Venerável Servo de Deus Giuseppe Quadrio, S.D.B. (1921-1963).

Na sexta-feira, 26, dia mariano, as meditações se concentrarão nos temas: o Magnificat de Maria (cf. Lucas, 1, 46-55); o quinto ato das histórias bíblicas de vocação: a aprovação de Deus. O relato da Anunciação (cf. Lucas, 1, 26-38). À tarde, se refletirá sobre o Venerável Servo de Deus João Paulo II.

Já no sábado, 27, conclusão dos Exercícios Espirituais, a Capela Redemptoris Mater acolherá, às 9 horas, a celebração das Laudes e a meditação conclusiva, sobre o chamado dos primeiros "diáconos".

Por Leonardo Meira
Fonte: Vaticano/Canção Nova

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Onde está o teu tesouro? - O cristão não deve colocar sua segurança nos bens que possui

O tema da Campanha da Fraternidade deste ano, “Economia e Vida”, e seu lema, “Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24) tem implicações claras para a ética social. O amor exagerado ao dinheiro está na raiz de injustiças sociais, misérias, desonestidades, violências e insensibilidades diante dos sofrimentos do próximo, degrado ambiental e morte; por isso, o apelo à conversão quaresmal tem fortes implicações para o nosso comportamento social. Nossa ação de discípulos de Jesus Cristo deverá ajudar a marcar as relações econômicas com a ética da solidariedade e da fraternidade, em vez da lógica do lucro ávido; a busca esforçada do bem comum deve tomar o lugar da afirmação individualista do bem pessoal.

O tema da Campanha, porém, também traz à nossa reflexão uma questão que nunca deve ser esquecida: em que consiste o verdadeiro bem do homem? Entre os muitos bens acessíveis e legitimamente desfrutáveis, algum é o bem supremo que não poderá ser trocado por nenhum outro? Esta questão, que tem implicações fundamentais para a vida pessoal e a fé em Deus, perpassa toda a Bíblia e merece mais de uma observação de Jesus nos Evangelhos. A pensar bem, a questão também é posta por quase todas as religiões que identificam, geralmente, no apego às riquezas deste mundo um perigo para a fé em Deus; é verdade que alguma forma de religiosidade também pretende colocar Deus a serviço da aquisição de bens, através de certa “teologia da prosperidade”; mas tenhamos a certeza disso: usar Deus para fazer dinheiro ou para prometer bens aos outros é, claramente, desrespeitoso e blasfemo em relação a Deus.

A palavra de Jesus – “não podeis servir a Deus e ao dinheiro” faz referência direta ao primeiro mandamento da Lei de Deus: “Não terás outros deuses fora de mim; amarás o Senhor, teu Deus, e somente a ele servirás”. Servir ao dinheiro é colocá-lo no lugar de Deus, passando a dar-lhe mais atenção que ao próprio Deus; e o dinheiro é transformado em ídolo. Ainda no sermão da montanha, Jesus ensina os discípulos a serem sábios durante a vida e a buscarem tesouros verdadeiros, e não aparentes: “Não ajunteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e os ladrões assaltam e roubam. Ao contrário, ajuntai para vós tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, nem os ladrões assaltam e roubam. Onde está teu tesouro, aí também está teu coração” (Mt 6, 19-21).

O cristão e toda pessoa de bom senso não deve colocar sua segurança nos bens que possui. Jesus adverte contra todo tipo de ganância, que é a busca ávida dos bens; e conta a parábola daquele homem rico, que fez uma colheita muito abundante e pensou: “agora posso ficar tranquilo, tenho reservas para muitos anos e vou gozar a vida...” E Jesus diz que aquele homem foi “insensato”, ou seja, sem juízo: “naquela mesma noite ele morreu; e toda a riqueza que ajuntou, para quem ficou? Coisa semelhante acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não se torna rico para Deus” (cf Lc 12, 13,21).

Também o sábio do Antigo Testamento, que avaliava todas as coisas a partir do horizonte de sua fé e confiança em Deus, já advertia contra a ilusão das riquezas: “Por que temer os que confiam nas riquezas e se gloriam da abundância de seus bens? Ninguém se livra da morte por dinheiro, nem pode pagar a Deus o seu resgate; por nenhum preço dá para livrar-se da morte e por nenhuma riqueza poderá o homem comprar-se uma vida sem limites, ou assegurar para si uma existência imortal; morrem os sábios e os ricos igualmente; morrem os loucos e também os insensatos; e todos terão por casa uma sepultura...” (cf Sl 48 (49), 6-12). Nada se leva deste mundo, tudo se deixa para trás, a não ser os “tesouros” acumulados no céu durante esta vida.

Naturalmente, o problema não está nos bens, enquanto tais; a visão de fé sobre a vida nos faz acolher e apreciar, com simplicidade e gratidão a Deus, os bens colocados à nossa disposição pela natureza, ou aqueles conseguidos através do trabalho honesto. O problema, de um lado, é saber se a posse dos bens foi legítima e não lesou o direito e a dignidade de ninguém. Por outro lado, importa ver nossa atitude em relação aos bens: se eles se tornam o valor supremo de nossa vida e, por eles, somos capazes de sacrificar qualquer outro bem, quer dizer que eles tomaram conta de nossa vida e passamos nós a ser servidores deles, em vez de estarem eles a nosso serviço. Aqui começa a idolatria dos bens, pois o próprio Deus, sua lei e seus mandamentos, ficam em segundo plano diante das “exigências” desse ídolo. Sem falar dos irmãos, que se tornam vítimas nessa idolatria...

Por isso, a Campanha da Fraternidade nos faz rever nossas atitudes em relação ao dinheiro e aos bens deste mundo; que eles sirvam à nossa vida e ao bem comum, para conviver em fraterna solidariedade com os outros. Isso requer conversão contínua.

Foto
Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Começam as comemorações do jubileu dos 100 anos da diocese de Ilhéus

Com o tema “Rumo aos 100 anos” e o lema “O que vimos e ouvimos, nós anunciamos” (Jo 1,3), a diocese de Ilhéus (BA), no Centro de Treinamento de Lideres Santa Cruz, inicia os preparativos para o jubileu de 100 anos de criação da diocese, que será em 2013.

“Iniciaremos com um tríduo, ou seja, três anos de celebrações, como preparação para este grande evento que é o marco de 100 anos de uma diocese. Primeiramente, neste ano, realizaremos um Seminário do Jubileu, de 26 a 28 de fevereiro, com o objetivo de apresentar os fundamentos bíblicos, teológicos e antropológicos do jubileu e traçar as linhas mestras de ação do primeiro ano jubilar”, explicou o bispo de Ilhéus, dom Mauro Montagnoli.

Além de dom Mauro, participarão do Seminário todos os padres que atuam na diocese, os coordenadores diocesanos de pastorais e movimentos, dois representantes leigos por paróquia, os seminaristas maiores, uma religiosa por comunidade, membros das equipes temáticas, entre outros.

Fonte: Católica Net

CNBB lança blog na Internet

Entrou no ar nesta terça-feira, 23, o blog da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Entre no blog da CNBB clicando aqui

Atendendo ao pedido do Papa Bento XVI, que, na sua Mensagem para o 44º Dia Mundial das Comunicações Sociais, escreveu que a Igreja deve usar dos "novos meios de comunicação a serviço da Palavra", a página tem por objetivo complementar o site da Conferência, por meio de notícias, vídeos, áudios, fotos e pequenos posts (comentários).

Assim como as outras mídias sociais já existentes - twitter, youtube, flickr e facebook -, essa nova presença da CNBB na internet busca dar mais dinamicidade e agilidade à comunicação.

De acordo com o secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, a Conferência vem aumentando seu nicho de informações na internet e o blog dá mais força a essa presença. "Cada vez mais nosso site tem que se aperfeiçoar. Já estamos no twitter, no youtube, facebook, flickr e, agora, o próximo passo é o blog. Eu espero que essa nova presença complemente as outras mídias já existentes para que a CNBB se comunique de forma mais objetiva. Em breve, também vamos criar o blog da Missão Continental, para que cresçamos ainda mais com essa presença através das novas tecnologias a serviço do Reino de Deus".

O assessor de imprensa da CNBB, padre Geraldo Martins, encara a presença da Conferência na blogosfera como mais uma alternativa de comunicação para ampliar a presença da CNBB através das novas tecnologias de informação. "O blog representa mais uma alternativa de comunicação que a CNBB se serve a partir desse universo oferecido pelas novas tecnologias. Ele representa, portanto, o esforço da Igreja para chegar da maneira mais ampla possível a todas as pessoas".

Um dos diferenciais do blog é a publicação de notícias mais objetivas, destacando os últimos vídeos e áudios produzidos pela assessoria de imprensa, bem como imagens de eventos, além de possibilitar aos internautas comentarem os posts, com moderação do administrador. Outra novidade é que os leitores poderão seguir o blog da CNBB, assim como seguem a página no twitter, através de login e e-mail.

Fonte: C.N.B.B.