Ser mãe, vocação do amor
Tarefa exigente, árdua, mas recompensadora
A palavra 'mãe' traz
significados intensos ao nosso imaginário: as lembranças boas, as
dificuldades, as brigas em família, o apoio, o abraço ou o desejo pelo
carinho que nunca aconteceu. Todos esses pensamentos nos levam a
perceber a vocação de uma mãe: amor incondicional e presente.
A vocação de ser mãe é muito mais do que gerar biologicamente uma
pessoa, é cuidar amorosamente de alguém que tomou para si como filho.
Mais do que o fruto do seu ventre, ser mãe é tomar para si a
responsabilidade pela vida, pela educação, pela criação de alguém.
A mãe dos nossos tempos enfrenta todas as adversidades e desafios que a
sociedade lhe impõe, mas seu amor é fiel e ela é zelosa na missão que
escolheu e com a qual foi presenteada. É por isso que, hoje, a lembrança
vai para a mulher que é mãe nas mais diversas situações: aquela que
gerou o filho em seu ventre e aquela que é mãe do coração – a qual optou
pela adoção como gesto doação e entrega -; a mãe espiritual, que dobra
seus joelhos e intercede por seus filhos; aquela que, mesmo não tendo
filhos, cuida das pessoas como se fossem, de fato, seus filhos.
Os
desafios de uma sociedade que passa por mudanças é uma das maiores
preocupações trazidas pelas mulheres ao buscarem a maternidade.
Inseguranças, desejos, expectativas sobre os filhos, futuro. Uma
imensidão de pensamentos invade o imaginário das futuras mamães ou
daquelas que fazem planos para a maternidade. Mas vamos pensar juntos:
será que existe um “modelo ideal de mãe”?.
Lembro-me sempre
de Gianna Beretta Molla, santa, médica, mãe de família, esposa, fiel a
Deus, orante e tendo Virgem Maria como exemplo para sua vida. Uma mulher
que, como tantas outras dos nossos dias, teve uma rotina que exigiu
dela um desdobramento em muitos papéis. Um mulher, uma santa
contemporânea; mulher do nosso tempo, que, mesmo tendo filhos e uma
profissão, teve o desprendimento, a dedicação e uma opção: ter Deus
como o centro da sua família.
Gianna
não deixou de lado seus valores e, no momento mais difícil de sua vida,
optou, dentre sua vida e a do seu filho, que ele nascesse, mesmo que o
risco fosse a morte da mãe. Nem mesmo a possibilidade de deixar seus
outros filhos a fez abandonar seu projeto de vida.
Ser mãe
é uma tarefa exigente, árdua, recompensadora, mas gera medo, ansiedade,
expectativa por cumprir este papel de forma favorável. É muito
importante ter em mente que ser mãe é algo que se aprende, e não existe a
mãe ideal. Há a mãe que erra, mas tem, em seu desejo mais íntimo, a
vontade de acertar. Ser mãe é aprender, a cada dia, a renovar, reciclar,
crescer, retomar, cair e levantar, apoiar, ser o ombro, o colo e o
calor.
Santa Gianna escreveu, numa oportunidade, uma linda
descrição do papel da mãe: “Toda vocação é vocação à maternidade:
material, espiritual, moral, porque Deus nos deu o instinto da vida. O
sacerdote é pai; e as irmãs são mães de almas.
Os limites de uma
mãe são testados a todo momento, passando por situações que jamais
imaginaria. Por isto, é tão importante não se fechar em suas
dificuldades, mas buscar apoio, conversar, ler e conviver com este
contínuo aprendizado. Os limites de uma mãe sempre serão testados,
colocados à prova, mas o dom, o amor e a missão farão sempre com que
esta supere tudo aquilo que lhe seja dado como prova, bem como a fará
experimentar todas as alegrias que esta missão lhe concede!
Que
as palavras de Santa Gianna Beretta Molla possam também estar presentes
em sua vida, mãe, sempre que as dificuldades de sua missão baterem à
sua porta: "Senhor, faz que a luz que se acendeu em minha alma não se
apague jamais" .
Parabéns, mãe, por sua vocação!
Elaine Ribeiro
psicologia01@cancaonova.com