terça-feira, 25 de março de 2008

segunda-feira, 24 de março de 2008

Lançada "Wikipédia" dos santos

Um grupo de jovens católicos de Barcelona lançou, na última semana, a primeira versão do projeto intitulado "Santopedia", com o objetivo de fomentar o conhecimento, pesquisas científicas e estatísticas da vida dos santos.

Nacho Cofré, diretor do projeto, disse à Zenit: "O site está em contínuo crescimento, de conteúdos e de funcionalidades e o desejo é que seja um projeto muito grande, mas reconhece que, por enquanto, somos poucas pessoas realizando-o".

"Queremos que a devoção aos santos promovida pelo nosso site não seja desde o sentimento, mas desde o conhecimento. É por isso que tampouco queremos acrescentar muitas imagens nem frases sentimentais ou grandes expressões piedosas. Queremos ser um lugar onde se possa encontrar a vida dos santos escrita objetiva e sobriamente", comentou. Seus promotores querem que ele sirva também de "enciclopédia, porque achamos que pode ser uma ferramenta para que pesquisadores, historiadores ou mentes inquietas possam extrair dados estatísticos e fiáveis que lhes ajudem a encontrar o que procuram", acrescenta Cofré.

A vantagem da tecnologia utilizada é a de oferecer listas alfabéticas e práticos filtros como o país de origem, a ordem religiosa à qual pertenceram os santos ou seu estado de vida: papas, bispos, sacerdotes, freiras, leigos, mártires, etc.

Como o Wikipédia o site vai ser enriquecido na medida em que mais usuários colaborarem.

"Somente as informações que constarem em mais de uma fonte, como o Martirológio Romano, será postada. Precisaremos da ajuda de pessoas conhecedoras para que nos apóiem contrastando as informações. Esperamos que, com o tempo, o número de colaboradores cresça", diz o diretor acerca da credibilidade das informações que o "Santopedia" irá conter.

O site permite inscrição via e-mail ou RSS, assim o usuário pode receber os santos de cada dia. Os sites podem acrescentar à sua página uma janela com os santos do dia.

Cofré considera que "a cultura em que vivemos às vezes nos faz esquecer um dos grandes tesouros que a nossa Igreja tem: os santos. Conhecer suas vidas e pedir sua intercessão faz parte da rica e piedosa tradição da cultura cristã".

"Por enquanto, já foram introduzidos cerca de 4 mil santos e beatos. Pensamos que em um ano chegaremos a 7 mil", conclui seu diretor.

Mais informações em www.santopedia.com

Dia de Combate à Tuberculose é lembrado em todo o mundo

Hoje, 24, é o Dia Mundial de Combate à Tuberculose. Lançada em 1982 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela União Internacional Contra Tuberculose e Doenças Pulmonares, a data foi uma homenagem aos 100 anos do anúncio do descobrimento do bacilo causador da doença, que ocorreu em 24 de março de 1882.

A descoberta do bacilo pelo pesquisador Robert Koch foi fundamental para o controle da tuberculose que, na época, vitimava grande parcela da população mundial. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), um terço da população mundial está infectada com o bacilo de Koch sem, contudo, desenvolver a doença.

Em todo o mundo, a tuberculose mata mais que qualquer outra infecção curável. A cada dia, mais de 20 mil pessoas adoecem e 5 mil morrem vitimadas pelo mal que, tem sido considerado, desde 1993, uma emergência mundial. Os países em desenvolvimento registram 95% dos casos e 98% das mortes pela doença.

De acordo com o coordenador do Programa Nacional de Combate à Tuberculose do Ministério da Saúde, Dráurio Barreira, no Brasil o problema é bastante sério. O país é o 16º em uma lista que reúne 22 nações com maior número de casos. A taxa de cura, de 77%, é considerada baixa. Na Índia, a taxa é de 85%; no Congo, de 85% e na China, de 94%. Por todos esses motivos, a partir de 2003, o governo tornou o enfrentamento à tuberculose uma das prioridades do Ministério da Saúde.

O combate à doença, no qual foram investidos R$ 120 milhões até 2007, faz parte do Pacto de Gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). A terapia padrão é totalmente gratuita.

Para a Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), o índice de cura da tuberculose, quando o tratamento é realizado adequadamente, é de 95%. Entretanto, devido a problemas como a falta de diagnóstico e o abandono do tratamento, a tuberculose é a nona causa de hospitalização.

Ocupa o sétimo lugar em gastos com internação pelo SUS e é ainda a quarta causa de mortalidade por males infecciosos. A doença manifesta-se de maneira oportunista em 15% dos portadores do HIV.

"Desde a década de 50, por conta da introdução dos antibióticos, a tuberculose vinha em uma trajetória de queda bastante acentuada. Com a epidemia da aids, houve um ressurgimento da tuberculose nos países que já tinham a doença sob controle e um agravamento naqueles que não haviam controlado a infecção. Ou seja, em quase todos os países em desenvolvimento houve um recrudescimento da tuberculose", afirmou Dráurio.

Segundo ele, no Brasil, apesar de a epidemia de aids ter ocorrido de forma mais séria na década de 90, o número de casos de tuberculose não chegou a aumentar, contudo parou de cair, permanecendo com o aparecimento de 100 mil casos anuais durante toda a década. "Com a distribuição do coquetel contra aids para toda a população soropositiva, a tuberculose, a partir de 1998, retoma a trajetória de queda, decrescendo de 2,5% a 2,8% ao ano", afirma.

"De toda maneira, é uma queda pequena, que não nos tranqüiliza. Queríamos ver cair muito mais. No ano passado, tivemos menos de 80 mil casos anuais, pela primeira vez. Mas é ainda um patamar muito alto e todo ano morrem no Brasil 5 mil pessoas com a doença. Considerando que é um mal de fácil diagnóstico, de fácil e barato tratamento e com alto índice de cura, não poderíamos ter nem esse número de casos e nem esse número de óbitos", afirmou.