Já estão disponíveis para consulta na internet cerca de 800 páginas do exemplar mais antigo da Bíblia que foram restauradas . Os visitantes poderão ver imagens do manuscrito Codex Sinaiticus, escrito em grego em folhas de pergaminho no século IV.O projeto envolveu especialistas da Grã-Bretanha, Alemanha, Egito e Rússia, e, segundo eles, apresenta muitas possibilidades de pesquisa no futuro."O Codex Sinaiticus é um dos maiores tesouros escritos do mundo", afirmou Scot McKendrick, diretor de manuscritos ocidentais da Biblioteca Britânica, em Londres."Este manuscrito de 1,6 mil anos é uma janela para se entender o desenvolvimento do início do cristianismo, e que se trata de uma evidência de como o texto da Bíblia foi transmitido de geração a geração", acrescentou.Segundo o especialista, a versão original do Codex Sinaiticus continha cerca de 1.460 páginas. Por 1,5 mil anos, o manuscrito ficou preservado em um mosteiro na Península do Sinai, no Egito. Em 1844, ele foi encontrado e dividido entre Egito, Rússia, Alemanha e Reino Unido.Acredita-se que o documento resistiu ao tempo porque o ar do deserto é ideal para a conservação do pergaminho, e porque o mosteiro permaneceu intocado por todos esses anos.Para marcar o lançamento do site www.codexsinaiticus.org, a Biblioteca Britânica está realizando uma exposição em sua sede, em Londres, que incluiu vários artefatos históricos ligados ao manuscrito.Fonte: Canção Nova
Um estudo realizado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostra que 67% dos pais oferecem alimentos industrializados à criança antes do 1º ano de vida.O levantamento foi feito com 270 pais de crianças que frequentam berçários de creches públicas e filantrópicas da cidade de São Paulo. A maioria dos entrevistados era jovem, com baixa escolaridade e menor poder aquisitivo. Até os seis meses de idade, a recomendação é que alimentação da criança seja baseada exclusivamente no aleitamento.Para a autora do trabalho, a nutricionista Maysa Helena de Aguiar Toloni, a conclusão é preocupante, já que os alimentos industrializados possuem mais açúcar e gordura. Cerca de 10% das crianças e 20% dos adolescentes têm excesso de peso no país. Além disso, os jovens têm sido vítimas de problemas como hipertensão e colesterol alto cada vez mais cedo.Açúcar, chá e melAo contrário do que muita gente pensa, a nutricionista explica que a criança já nasce com preferência pelo sabor adocicado. Porém, o Ministério da Saúde recomenda que a adição de açúcar deve ser evitada nos dois primeiros anos de vida. Antes dessa fase, isso só aumenta a incidência de cáries e o valor calórico da dieta, sem contribuir com conteúdo nutricional.A pesquisa mostra que, até os três meses de vida, 31% dos pais afirmaram ter oferecido açúcar ao filho. Quase metade, ou 49%, dão chá para a criança. E 18% oferecem mel. "As pessoas acham que o mel é um alimento natural, mas ele é contraindicado antes do primeiro ano de vida porque, nessa fase, a flora intestinal ainda não está formada e há risco de intoxicações causadas pelo bacilo Clostridium botulinum", explica.Outro dado que chama a atenção é a idade com que as crianças começam a conhecer os refrigerantes: entre o primeiro e o sexto mês de vida, 12% delas já experimentaram. Até os noves meses, esse índice sobe para quase 20% e mais da metade (56,5%) já teve a bebida incluída no cardápio até o primeiro ano de vida.A pesquisadora alerta que a presença de corantes e aditivos nos alimentos industrializados também pode aumentar a predisposição da criança a desenvolver alergias alimentares.MotivosEmbora o foco do estudo não tenha sido os motivos que levam à introdução precoce dos alimentos industrializados, a nutricionista pondera que a falta de informação justifica os resultados. "Muitos dos pais que participaram da pesquisa não fizeram o pré-Natal, por isso não foram orientados adequadamente", comenta a pesquisadora.Mas o aspecto sócio-econômico nem sempre é determinante: "há estudos que indicam que nas classes altas o resultado é parecido".Na maior parte das vezes, ela observa, a dieta do bebê reflete o estilo de vida da própria família. "É comum a criança querer aquilo que os pais ou o irmão mais velho está consumindo", diz. Outro fator é a falta de tempo para preparar refeições mais nutritivas, com vegetais frescos, por exemplo. Além disso, ela também menciona a influência da publicidade de alimentos na tendência a oferecer alimentos industrializados, como macarrão instantâneo e sucos artificiais, para crianças muito pequenas.Fonte: Uol