A missão catequética foi tema central da homilia do bispo da Diocese de Goiás (GO) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética, Dom Eugênio Rixen, na Santa Missa desta sexta-feira, 24, durante a 47ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reunidos em Indaiatuba (SP) desde o dia 22.Segundo o prelado a catequese procura enxergar as alegrias e os sofrimentos das pessoas e ouvir o clamor do povo. "No início da catequese, mais do que uma palavra, precisamos escutar aqueles que nos procuram, a exemplo do Ressuscitado, que caminhava ao lado dos discípulos de Emaús", ressaltou. Dom Eugênio assinalou também, em seu discurso, que o texto-base deste ano catequético lembra a metodologia da catequese que começa pela escuta. "No caminho catecumenal, a primeira coisa que os instrutores fazem é escutar", observou.Sobre a missão do catequista, afirmou que o evangelizador é chamado a ser um grande apaixonado por Jesus e a alimentar-se da Sua Palavra. E ainda salientou que o Evangelho, vivido na sua radicalidade, sempre vai incomodar, mas também é semente de tantos mártires.O prelado enfatizou que a catequese visa preparar os fiéis para viverem o sacramento da iniciação – Batismo, Eucaristia e Crisma –, não para celebrar ritos sem compromissos, mas para reviver os mistérios pascais da Morte e da Ressurreição de Jesus Cristo.Para Dom Rixen, há uma ligação profunda entre a Eucaristia e a partilha do pão, a qual nos leva a entender melhor a Eucaristia, e esta nos leva a partilhar o pão. "Fazer viver isso é o grande desafio da catequese".O presidente da celebração conclui que uma catequese que não leva à transformação da vida e da sociedade não pode ser uma verdadeira catequese. "A catequese procura fazer com que os catequizandos e crismandos apaixonem-se por esse Jesus. Todo o resto é consequência", finalizou. Fonte: Canção Nova
Ao receber um grupo de membros da Pontifícia Comissão Bíblica, nesta quinta-feira, 23, no Vaticano, o Papa Bento XVI proferiu um discurso manifestando seu apreço pelos resultados da Assembléia Plenária da Comissão, que acaba de se reunir sob a presidência do Cardeal William Levada, responsável pelo organismo.A comissão se reuniu nos últimos dias, no Vaticano, para refletir sobre a inspiração e a verdade da Bíblia, tema que envolve não apenas os cristãos, mas a própria Igreja, já que sua vida e missão se fundamentam, necessariamente, na Palavra de Deus, alma da teologia. Assim, de acordo com o Papa, a interpretação das Sagradas Escrituras é de importância capital para a fé cristã e para a vida da Igreja.Sobre o papel do exegeta católico, o Papa adverte que não se trata simplesmente de um mero exercício intelectual. "Para respeitar a coerência da fé da Igreja, o exegeta católico deve estar atento ao acolher a Palavra de Deus nas Sagradas Escrituras."Além disso, sua interpretação não deve ser somente um esforço científico individual, mas deve ser sempre confrontada, inserida e autenticada pela tradição viva da Igreja.Somente o contexto eclesial permite compreender as Sagradas Escrituras como autêntica Palavra de Deus, que se faz guia, norma e regra para a vida da Igreja e o crescimento espiritual dos fiéis."Isso comporta a rejeição de qualquer interpretação subjetiva ou simplesmente limitada a uma única análise, incapaz de acolher em si o sentido global que no decorrer dos séculos guiou a tradição de todo o povo de Deus", concluiu o Pontífice.Vaticano II e a Sagrada EscrituraEncíclicas e papas, na história da Igreja, encorajaram e imprimiram novas diretrizes para que inspiração, verdade e hermenêutica se conjugassem com a ciência, em sintonia com a doutrina da Igreja.O Concílio Vaticano II confirmou o impulso dos Papa Leão XIII e Papa Pio XII e, hoje, toda a Igreja usufrui daqueles benefícios: "Em primeiro lugar, o Concílio recorda que Deus é o autor das Escrituras, e que o que nelas está contido e apresentado, foi divinamente revelado graças à inspiração do Espírito Santo. A Constituição Dei Verbum nos recorda que, nas Escrituras, Deus fala ao homem de modo humano."A este respeito, o concílio indica três critérios sempre válidos para a interpretação das Escrituras: prestar atenção ao conteúdo e unidade; ler as Escrituras no contexto da tradição viva de toda a Igreja; e, enfim, considerar a analogia da fé, ou seja, da coesão das verdades de fé e com o plano da Revelação.Fonte: Rádio Vaticano/Canção Nova
Nesta terça-feira, 21, Dia de Tiradentes, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) realiza sua 5ª Mobilização Nacional da Campanha Ficha Limpa. Os chamados comitês 9840 devem preparar as atividades para a coleta de assinaturas do Projeto de Lei de Iniciativa popular sobre a vida pregressa dos candidados.A Campanha Ficha Limpa quer evitar a candidatura de políticos condenados por crimes graves. A 5ª Mobilização Nacional é um momento de unir esforços em torno da coleta de assinaturas. A mobilização será realizada no momento em que a iniciativa chega a 700 mil assinaturas coletadas, ultrapassando a metade do número necessário.Para levar o PL ao Congresso Nacional, é preciso um milhão e trezentas mil assinaturas em todo o Brasil, o que corresponde a 1% do eleitorado brasileiro. O Projeto de Lei (PL) de iniciativa popular pretende alterar a Lei Complementar nº64, de 18 de maio de 1990, que estabelece os casos de inelegibilidade, ou seja, situações que impedem candidaturas.O dia 21 de abril foi escolhido como data para a realização de mais um grande mutirão para colher assinaturas e novos apoiadores para a Campanha. A intenção é que todos os 281 Comitês 9840 - denominação dada aos comitês em referência à Lei 9840 - se unam para montar postos fixos em locais importantes de suas cidades, coletando assinaturas da população e divulgando a proposta.Qualquer cidadão pode colaborar com a Campanha e participar da 5ª Mobilização Nacional. Basta imprimir uma cópia do formulário e coletar assinaturas em ruas, bairros, trabalho, escola, universidade entre outros locais, sempre explicando sobre o que trata a Campanha. Depois é só enviar os formulários coletados para o Comitê Nacional do MCCE, no endereço que consta no próprio documento. O modelo do formulário e as informações de como montar um Comitê 9840 estão disponíveis no site www.mcce.org.br.Entenda os objetivos do PLAumentar as situações que impeçam o registro de uma candidatura, incluindo os pontos: Pessoas condenadas em primeira ou única instância ou com denúncia recebida por um tribunal em virtude de crimes como: racismo, homicídio, estupro, tráfico de drogas e desvio de verbas públicas.Parlamentares que renunciaram ao cargo para evitar a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar ou por desrespeito à Constituição.Tornar mais rápidos os processos judiciais sobre abuso de poder nas eleições, fazendo com que as decisões sejam executadas imediatamente, mesmo que ainda caibam recursos no processo.Estender o período que impede a candidatura, que passaria a ser de oito anos.Tornar mais rápidos os processos judiciais sobre abuso de poder nas eleições, fazendo com que as decisões sejam executadas imediatamente, mesmo que ainda caibam recursos no processo.Fonte: CNBB
Para explicar os objetivos do Ano Catequético lançado neste domingo, 19, em São Paulo, entrevistamos o responsável pela Pastoral Bíblico Catequética da Arquidiocese de Aparecida (SP), Padre André Gustavo de Sousa.O sacerdote enfatiza a importância da catequese como um processo permanente, a fim de formar cristãos maduros e comprometidos com Jesus Cristo e Sua Igreja.Qual a proposta da Igreja ao estabelecer o Ano Catequético?Padre André Gustavo - A proposta do Ano é a de celebrar a catequese, fortalecer as formações catequéticas, valorizar a Palavra de Deus na Catequese e destacar o ministério do catequista e sua pessoa em nossas comunidades. Será um ano muito celebrativo no que diz respeito à catequese. A Igreja vai celebrar o Ano Catequético justamente para dar um impulso à catequese como serviço eclesial e propor um caminho para o discipulado. Assim, a catequese deve ser vista como um itinerário de formação e educação permanente, formando discípulos e, consequentemente, cristãos maduros e missionários comprometidos com o testemunho de Jesus Cristo.No que consiste a catequese cristã?Padre André Gustavo - A catequese tem importância no processo de formação da criança, jovem e adulto. Por isso, falamos da catequese como um processo permanente. É um caminho inesgotável e não é apenas aquela catequese inicial que prepara para a Primeira Eucaristia, mas é um processo contínuo, inclusive de como viver os sacramentos. O objetivo é que o cristão conheça as razões da sua fé e assuma com maturidade esse compromisso, que é o seguimento de Jesus.O primeiro Ano Catequético foi em 1949. Por que celebrar somente depois de 50 anos?Padre André Gustavo - Teremos uma outra edição justamente como uma forma de responder aos novos desafios da Conferência de Aparecida e do Sínodo da Palavra de Deus. A Igreja, portanto, iluminada pelo Espírito Santo, sente essa necessidade de dar um maior impulso à catequese, colocando-a em destaque, pois é o centro da nossa caminhada evangelizadora. Ela ocupa um lugar primordial, pois anunciamos Jesus Cristo às pessoas, porém é necessário que esse anúncio seja aprofundado e esclarecido. Por isso, é necessário um processo contínuo e sistemático de formação na fé, a fim de aprofundar o primeiro anúncio para que, de fato, aconteça o encontro pessoal e comunitário do cristão com Jesus.O que os fiéis e as comunidades devem valorizar neste Ano Catequético?Padre André Gustavo - As nossas comunidades devem dar a devida importância à catequese, celebrar esse ano e intensificar as formações dos catequistas, e que as famílias se preocupem com a educação cristã de seus filhos, pois, em casa, deve acontecer a primeira catequese, na Igreja doméstica. A catequese é para toda vida. Começa na preparação dos pais para o Batismo e termina ao fim de nossa caminhada aqui na terra. Fonte: Canção Nova
A Santa Sé participará da Conferência "Durban 2" com uma delegação presidida pelo observador permanente nas Nações Unidas em Genebra, Dom Silvano Maria Tomasi, e composta por um membro do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz e um membro do Pontifício Conselho para os Migrantes e os Itinerantes."A participação da Santa Sé na Conferência é motivada pelo peso atribuído pela Igreja aos temas da discriminação racial e da intolerância. Questões relevantes do ponto de vista ético porque revestem um papel central para o respeito da pessoa humana", afirmou ontem, 19, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi.Por sua vez, Dom Silvano Maria Tomasi explica que a Santa Sé tem razões muito coerentes para participar da conferência de Genebra: "Já havíamos participado da conferência de Durban em 2001, e agora o evento de Genebra é importante porque o racismo, presente em muitas formas em muitos países, representa uma questão de caráter ético à qual não podemos nos subtrair: cada pessoa tem a mesma dignidade e não pode ser objeto de comportamentos discriminatórios".''Se não participarmos, que mensagem daremos, por exemplo, aos países africanos? Se deixarmos que a mensagem da indiferença prevaleça sobre as razões políticas, acabaremos por impulsionar esses países a uma direção com conseqüências negativas. Basta pensar no fenômeno da imigração maciça em direção à Europa. Que mensagem de convivência damos a essas pessoas?", pergunta-se Dom Tomasi."Se a declaração final será aceitável ou não, conclui o arcebispo, em todo o caso devemos estar presentes para tentar mudar algumas posições." Para ele, isso serve também para reforçar as estruturas internacionais e dar a possibilidade a todos de contribuir para fazer avançar uma cultura mais solidária.Fonte: Rádio Vaticano/Canção Nova