sábado, 7 de agosto de 2010

Empresa carioca vai elaborar projeto do aeroporto de Vitória da Conquista

Foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (6) o nome da empresa vencedora da licitação para elaboração do projeto do novo aeroporto de Vitória da Conquista. O grupo Concremat Engenharia e Tecnologia S/A, com sede na capital Rio de Janeiro, foi a que apresentou a melhor nota e estará à frente deste importante equipamento para o desenvolvimento do sudoeste baiano e o norte de Minas Gerais. Para o José Maria Caires, presidente do Movimento Conquista Pode Voar Mais Alto, esse foi um grande passo para concretização desta causa que junto com entidades vem lutando há mais de três anos. “Espero que a sociedade continue cobrando o andamento das próximas fases”, disse Caires.

Com informações do Blog do Anderson

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Ser pai hoje - Seu modo de ser vai influir na formação dos filhos


Quando Deus escolheu José para ser pai adotivo de Jesus, Ele queria que o Menino tivesse uma referência de família aqui na terra. E uma referência excelente, é claro, tal o valor que o Pai Eterno dá à família e à figura do pai. José, da casa de Davi, não foi escolhido somente por isso. Ele tinha todas as qualidades para ser o pai de Jesus Cristo: homem temente a Deus, honesto, trabalhador, digno, carinhoso, extremamente religioso que colocava somente a sua confiança em Deus. Assumiu a situação mesmo antes de compreendê-la realmente, porque amava Maria com muito amor, respeito e sentimento de proteção.

O pai é importante na família porque seu exemplo, seu carinho, seu modo de ser vai influir grandemente na formação do caráter dos filhos.

Sabemos que há pais descompromissados, que abandonam mãe e filhos, sem contribuir com o seu amor, com o seu bom exemplo, com a sua responsabilidade. Mas estamos falando não apenas do pai biológico, mas daquele pai amoroso, espelho do Pai do Céu, que gera, cria, educa, ama, ensina, está sempre presente na vida do filho.

Deus nos dá o Espírito Santo para que saibamos vencer os obstáculos que o mundo nos apresenta e que aparecem também quando não temos bons exemplos dentro do lar. Mas um pai afetuoso, enérgico, cuidadoso, honrado traz a presença do Espírito Santo na sua família porque ele é o amparo e a proteção de que a família necessita.

No mundo atual, cheio de consumismo, a mãe se vê na contingência de trabalhar fora para ajudar nas despesas da casa. Entretanto, a proteção, não a proteção financeira somente, mas a proteção moral, o apoio, a mão estendida do pai é imprescindível na vida de todo ser humano.

Hoje é difícil ser um verdadeiro pai. A sociedade tem valorizado muito pouco a família. Os pais, na ânsia de poder e riqueza, ou no afã de ganhar a vida para o sustento da família, se esquecem do sustento espiritual, do bom exemplo, do companheirismo, da austeridade, que, muitas vezes, se fazem necessários. Poucos são os pais que realmente dão uma educação viva e atuante no campo da fé aos seus filhos, dando o exemplo da participação dominical da Santa Missa e da vivência dos sacramentos. Os discursos emocionam, mas os exemplos dos pais carregam os filhos para o seio da vida comunitária, eclesial e religiosa da Igreja.

Que Deus abençoe os pais não apenas no dia que lhes é consagrado, mas em todos os dias de sua existência e os faça mudar a realidade, trazendo seus filhos para uma vida responsável e digna. Desta forma, os pais de amanhã serão mais presentes e o mundo será melhor. Que São José, pai nutrício de Jesus Cristo, abençoe a todos os nossos pais!

Padre Wagner Augusto Portugal
Vigário Judicial da Campanha (MG)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A quem muito foi dado, muito será pedido

Nem sempre se reflete bastante sobre a advertência de Jesus: “A quem muito foi dado, muito será pedido” (Lc 12,48). O ser humano vive inundado nos dons divinos: a existência, a família, os amigos, as qualidades físicas, intelectuais e morais, os bens materiais, a conservação da vida, as numerosíssimas graças espirituais, o perdão diuturno, enfim um oceano de dádivas.

Não se pode malbaratar impunemente o que se recebe do Criador. O notável psicólogo francês René Le Senne, com muita razão afirmou que todos possuem qualidades inestimáveis. A má administração destas qualidades é que geram os defeitos por não se procurar o equilíbrio psicossomático. Célebre o dito de Sócrates, filósofo grego: “Conhece-te a ti mesmo”.

Cada um tem um perfil caracterológico bem determinado e precisa colocar seus dotes a serviço próprio e dos outros. Um dos mais lamentáveis erros hodiernos é o da baixa estima, fruto da depreciação das próprias habilidades o que partureja a inveja. Disto resulta, outrossim, a ingratidão para com Deus não lhe agradecendo os bens recebidos.

Lembra São Tiago: “Toda dádiva perfeita vem do alto, descendo do Pai das luzes” (Tg 1,16). Eis por que diz o Livro do Eclesiastes: “Que alguém coma e beba e goze do seu trabalho é dom de Deus” [...] E quem recebeu de Deus riquezas e bens e a possibilidade de gozar deles, desfrutar-lhes a sua parte e alegrar-se entre os seus cuidados, também isso é dom de Deus! (Ec 3,13. 5,18).

O Espírito Santo comunica carismas especiais aos seguidores de Cristo como São Paulo enumera em suas várias cartas. O dom da profecia que é a capacidade peculiar de denunciar os erros, o dom do serviço, do ensinamento, da coragem, da generosidade, da misericórdia, do discernimento dos espíritos. As diversas pastorais oferecem oportunidade para o exercício e desenvolvimento destas capacidades colocadas a bem do próximo. Cada um, além disto, tem uma vocação específica e nas diversas profissões pode e deve trabalhar para si e para os outros.

Como diz o ditado, é preciso sempre “o homem certo no lugar certo”. As capacidades humanas, porém, se desenvolvem, como Deus previu para cada um, quando se confia inteiramente nele, pedindo-Lhe força para bem executar as tarefas cotidianas. Cumpre fazer bem, com todo empenho, a ocupação de cada instante e, aliás, sábia a diretriz “Age quod agis”, do poeta grego, Xenofanes. Não se mede nem se avalia uma existência pelo número de anos, nem pelo período histórico, mas, sim, pela vivência plena e intensa, repleta de ações que perenemente repercutirão. Bem afirmou Vieira: "Nem todos os anos que passam se vivem: uma coisa é contar os anos, outra é vivê-los".

As ações são, em verdade, os dias e é por elas que têm valor os anos, sempre cada um se lembrando de que “a quem muito foi dado, muito será pedido”. O viver em plenitude cada instante é o segredo da verdadeira vida. O importante é viver bem, cultivando os dons recebidos de Deus. Eis porque Horácio, poeta latino, lançou esta sentença: "carpe diem, quam minimum credula postero" - aproveita o dia presente e não queiras confiar no de amanhã. Escrivá dá este conselho: "Que a tua vida não seja estéril. Sê útil. Deixa rasto".

Goethe dá o motivo: "Cada momento, cada segundo é de um valor infinito, pois ele é o representante de uma eternidade inteira". Idéia já expressa por Apuleio: "tempus aevi imaginem" - o tempo é a imagem da eternidade. Virgílio advertiu que não se pode dissipar o tempo: "Fugit irreparabile tempus" - foge o irreparável tempo. Razão teve Riminaldo ao escrever: "Há quatro coisas que não voltam atrás: a pedra, depois de solta da mão; a palavra, depois de proferida; a ocasião, depois de perdida; e o tempo, depois de passado". Tudo isso merece uma reflexão profunda, pois cada um de nós dará um dia contas a Deus do tempo e das dádivas dele recebidos e Jesus alertou “a quem muito foi dado, muito será pedido”. * Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.


Por Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho
Fonte: Católica Net
Local:Mariana (MG)

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

60 anos da bomba atômica: A Igreja chama á paz

A Igreja no Japão recorda as vítimas da bomba atômica e reza pela paz. “Dez dias pela paz” é o lema da iniciativa promovida pelos católicos do país nesta ocasião.

Em mensagem aos fiéis do país, Dom Leo Jun Ikenaga, Arcebispo de Osaka e Presidente da Conferência Episcopal, anuncia que as celebrações vão começar em 6 de agosto, dia da explosão da bomba nuclear em Nagasaki, para se encerrarem no dia 15, recordando o final da Segunda Guerra Mundial.

No texto, o Arcebispo destaca a frase proferida por João Paulo II em sua visita a Hiroshima: “Para recordar o passado, precisamos nos empenhar pelo futuro”.

Para Dom Leo, aquelas palavras ainda repercutem em nossas mentes, e a certeza, hoje, de que devemos abolir totalmente as armas atômicas, é premente.

“No ano passado, em uma visita a Praga, o Presidente dos EUA, Barak Obama, apelou por um mundo sem armas nucelares: palavras significativas; uma reflexão sobre os erros do passado” – analisa o Arcebispo.

O Presidente do Episcopado japonês lembra ainda a peregrinação da efígie “Maria bombardeada” pelas dioceses americanas: a cabeça da estátua da Virgem foi encontrada em meio aos escombros dois meses depois da explosão da bomba, na Catedral de Urakami, Diocese de Nagasaki. Para o Arcebispo, promotor da peregrinação, “a efígie do rosto de Maria, no qual ainda são visíveis os sinais da tempestade de fogo consequente da explosão, é a imagem dos lamentos das vítimas dos ataques e de todas as pessoas atingidas por aqueles conflitos”.

Depois de recordar o documento “Mensagem de Paz 60 Anos Após o Fim da II Guerra” (Peace Message After 60 Years from the End of World War II), os bispos nipônicos reconhecem as culpas do Japão na história recente e convidam os católicos do Sol Levante a rezarem pela paz com ainda mais determinação.

Fonte: Rádio Vaticano

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O idoso na Igreja e na Sociedade - O amor não tem idade

O mundo atual tem provocado uma grande inversão de valores. Antigamente, os mais velhos eram mais respeitados porque se acreditava que a sua experiência conferia sabedoria aos demais. Os conselhos, as advertências deles eram de grande valia na solução dos obstáculos que os jovens deveriam enfrentar. Havia mesmo um consenso popular de que se deveriam respeitar os cabelos brancos dos idosos.

Sabemos que idade não confere a ninguém santidade, mas sabemos também que os idosos já sofreram mais decepções, já lutaram, já realizaram alguma coisa que os mais novos estão começando a querer realizar. Além disso, os sofrimentos por que passa uma pessoa que já viveu mais burilam o seu Ser, tornando-a mais capaz de compreender a vida como um todo.

O episódio da pecadora que estava sendo apedrejada nos remete a uma reflexão oriunda de um pequeno detalhe. Quando Jesus adverte de que quem não tiver culpa atire a primeira pedra, o texto fala que todos foram saindo, a começar pelos mais velhos.

Bem, podemos pensar que os mais velhos, por terem vivido mais, erraram mais. Porém, podemos pensar também que os mais velhos, justamente por terem vivido mais, têm maior consciência de suas faltas, por experiência e por terem desenvolvido, através dos anos, maior consciência do que é certo ou errado.

Grande parte ou a maioria das pessoas tem preconceito contra o idoso. Acham que ele é “gagá”, que não fala coisa com coisa, que está desatualizado. Mas se esquecem de que esse velho “gagá” foi quem construiu alguma coisa para que ele, jovem, hoje, tenha condições de vida melhor. Esquece-se também de que os jovens de hoje serão os velhos de amanhã e com menos jovens para cuidar deles.

Na Igreja também sentimos, às vezes, esse preconceito, infelizmente. Alguns preferem ouvir a homilia de um padre jovem e despreza as palavras de um padre idoso. Também alguns leigos idosos são rechaçados no seu trabalho pastoral, pela preferência pelo leigo jovem. É a sociedade influindo negativamente na Igreja.

Precisamos de sangue novo, é certo. Renovar é sempre positivo. Mas precisamos nos lembrar de que o espírito jovem não é privilégio dos moços. Há idosos que têm o coração cheio de amor, de esperança, de otimismo e que podem dar o seu quinhão por uma Igreja cada vez mais anunciadora do Evangelho. E há jovens que questionam tudo, sem encontrar soluções e que não têm nada a acrescentar ao enriquecimento da sociedade. É bom lembrar que existem jovens na idade e velhos na mentalidade; velhos na idade e jovens na mentalidade.

Na verdade, podemos debitar isso a jovens e velhos que, em busca de valores temporais, estão deixando de lado os valores eternos. A sociedade precisa ser revista, analisada novamente e refeita.

O amor não tem idade. Pode florescer e crescer no coração de crianças, de jovens, de adultos, de idosos. Afinal, somos todos Igreja e o respeito ao idoso deve ser uma demonstração de maturidade e de respeito em favor de um reconhecimento da colaboração que os idosos oferecem e podem oferecer à Igreja e ao mundo.

Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)