sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Pastoral da Criança comemora 25 anos

O evento acontece no próximo sábado, dia 13 de setembro, na paróquia São João Batista, em Florestópolis, a 100 quilômetros de Londrina, no norte do Paraná. Estarão presentes a fundadora da Pastoral da Criança Dra. Zilda Arns, a coordenadora estadual, Clarisse Siqueira Santos, padres, bispos e outras autoridades da região, além das coordenações regionais da Pastoral da Criança e milhares de voluntários de todo o estado.

A mortalidade infantil que na década de 80, quando iniciaram as atividades, passava de 82,8 por mil (IBGE/1980), hoje é de 21,2 por mil (Ministério da Saúde/2006). “Temos muito a comemorar. Entre as crianças acompanhadas pela Pastoral da Criança o índice de mortalidade infantil foi de 11 por mil, no ano de 2007. E, para reduzir ainda mais esse indicador, temos que exigir mais qualidade dos serviços públicos de saúde, especialmente no acompanhamento pré-natal e do parto”, comemora Dra. Zilda Arns.

História de fé e vida

Há 25 anos, o Paraná foi berço de uma iniciativa que iria marcar a história da infância no Brasil. O município de Florestópolis tinha 14.700 habitantes, 74% de sua população era de bóias-frias, famílias pobres que não tinha acesso à saúde e educação de qualidade. A mortalidade infantil chegava a 127 crianças por mil nascidas vivas. Em setembro de 1983, começava, nesse pequeno município, a experiência piloto da Pastoral da Criança, que teve como fundadores Dra. Zilda Arns e o então Arcebispo de Londrina Dom Geraldo Majella Agnelo, hoje arcebispo primaz do Brasil e de Salvador. Eles escolheram o lema Para que todas as crianças tenham vida e vida em abundância (cf. Jo 10,10), como diretriz do trabalho da instituição.

Dra. Zilda Arns, médica pediatra e sanitarista, com vasta experiência em saúde pública e materno-infantil, desenvolveu uma metodologia simples, baseada no evangelho que narra a multiplicação dos dois peixes e cinco pães, que tem o objetivo de multiplicar o saber e a solidariedade entre as famílias vivem nas comunidades mais pobres. Para colocar o projeto em prática, Dra. Zilda Arns teve apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), do Unicef, das igrejas locais, escolas, prefeitura, da Emater e dos meios de comunicação. Após um ano de mobilização e de atividades a mortalidade infantil foi reduzida para 28 por mil em Florestópolis. O sucesso da experiência fez com que ela rapidamente fosse reconhecida e levada até as regiões do país onde a situação da infância era mais crítica.

Solidariedade que ultrapassa fronteiras

Hoje, mais de 1,8 milhão de crianças brasileiras de zero a seis anos e 94 mil gestantes são acompanhadas, pela mesma metodologia, em 4.060 municípios de todos os estados do Brasil. Esse trabalho só possível pela dedicação de mais de 260 mil voluntários que trabalham, em média, 24 horas mensais, para educar as famílias pobres sobre saúde e cidadania. A Pastoral da Criança está presente também em outros 17 países da América Latina, África e Ásia.

Um dos maiores desafios da Pastoral da Criança, que era reduzir a desnutrição infantil, está praticamente superado. Segundo Dra. Zilda Arns, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, em 2007 esse problema atingiu 3,1% das crianças acompanhadas. “Quando iniciamos, a metade das crianças que acompanhávamos estava desnutrida. Agora um dos maiores problemas é a anemia, porque as crianças têm uma alimentação pobre em ferro. Também já começamos identificar obesidade entre as crianças brasileiras, principalmente nas grandes cidades, independentemente da classe social”, explica a médica pediatra.

Programação
8h30 – Recepção
9h30 – Inauguração de Painel Comemorativo
9h40 – Caminhada ao local do evento
10h – Apresentação da Casa Aberta
11h30 – Shows musicais – Teatro – Cinemateca
13h30 -Coletiva de imprensa
15h – Pronunciamentos oficiais
16h – Missa de encerramento


Mais informações:
Aline Gonçalves, aline@pastoraldacrianca.org.br, (41) 2105-0234, 9916-0123
Paulo Eleutério, paulohenrrys@hotmail.com, (43) 3342-485, 9944-5477

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