Discípulo confesso do pai, de quem herdou o nome e o amor pelas letras, o padre Mozart Tanajura é um apaixonado por literatura – ele próprio escritor, membro da Academia Conquistense de Letras e autor do livro “O outro sob a ótica do amor”. No último sábado (16), por ocasião da posse da nova direção da Casa da Cultura, ele conversou com o Blog do Fábio Sena sobre um dos seus sonhos do escritor Mozart Tanajura, o pai, já falecido: ver editada a obra completa do poeta Camillo de Jesus Lima, que mereceu esforços de anos para ser reunida. “A obra de Camillo foi reunida pelo meu pai, e em vários volumes inclusive; foi um trabalho de pesquisa de bastante dedicação, de enorme esforço intelectual”. O padre é guardião do exuberante acervo deixado pelo pai e tem a esperança de compartilhá-lo com a comunidade; parte, inclusive, já foi doada ao Museu Regional. Sobre a escolha do Papa Francisco, o padre Mozart Tanajura é bastante objetivo: “Vemos o Ministério do Papa Francisco como uma forma de lutarmos por uma igreja mais próxima do povo, onde o binômio fé e vida possa ser realmente ser vivenciado com todo vigor que o evangélico nos propõe”.
LEIA, NA ÍNTEGRA, A ENTREVISTA:
DISCÍPULO DO PAI: Para mim, sempre foi uma honra ser uma espécie discípulo do próprio pai; aprendi com ele as primeiras letras, na nossa casa, e é sempre motivo de alegria levar o nome do meu pai no meu próprio nome, no gosto pela cultura, pela literatura, sobretudo a dimensão poética dos versos e estrofes que conhecemos da parte dele. Lembro com grande alegria da sua biblioteca na nossa casa, e lá pude aprender com ele muito da literatura universal, das nossas letras, da literatura de Vitória da Conquista, por isso, para mim, não é um peso, mas uma grande honra levar o nome do meu pai no meu próprio nome.
O ACERVO DE MOZART: Meu pai dizia que não existe uma cidade sem sua memória preservada e esse acervo ele deixou comigo para que eu pudesse cuidar e, no momento certo, compartilhando com a comunidade conquistense. Um acervo que reúne volumes do literatura universal, da literatura brasileira, regional, um acervo que reúne também obras de memória histórica de nossa região. No momento, esse acervo se encontra sob a minha guarda, mas pretendo em breve, com a ajuda dos poderes públicos, compartilhar esse acervo; uma parte desse acervo foi doada ao Museu Regional de Vitória da Conquista e se encontra numa sala dedicada ao escritor Mozart Tanajura, e todos que quiserem conhecer estão convidados.
A OBRA DE CAMILO: A obra de Camillo de Jesus Lima foi reunida pelo meu pai e em vários volumes, inclusive; foi um trabalho de pesquisa de bastante dedicação, de enorme esforço intelectual, ele tinha realmente esse grande amor pelas letras, sobretudo pelos escritores regionais. Lembro que nossa casa estava sempre de portar abertas aos escritores regionais, para que ele pudesse corrigir, dando orientações, elaborando o prefácio das obras. Em relação à obra de Camillo de Jesus Lima não poderia ser diferente. Ele se empenhou bastante na produção, na reunião das poesias inéditas, mas, infelizmente, até o momento, essa obra não foi publicada, como muitos gostariam que fosse.
PASTORAL DA CULTURA: A Igreja Católica, no Brasil, tem diversos mecanismos de evangelização e, dentre esses mecanismos, estão as pastorais, os movimentos, que atual diretamente na evangelização de uma determinada dimensão e a Igreja sempre se preocupou com o mundo da cultura; então, e Igreja quer dar sua contribuição no mundo da cultura através de uma pastoral específica, que se chama Pastoral da Cultura, que se encaminha em parceria com a Pastoral Universitária, à qual já havíamos dado início em nossa paróquia algum tempo atrás, com o trabalho brilhante do padre João Santos Cardoso, que hoje é bispo da Diocese de São Raimundo Nonato, no Piauí, e com sua transferência para lá eu acabei assumindo esse trabalho da Pastoral Universitária, que está dando seus primeiros passos agora. E aí surgiu a necessidade de se criar a Pastoral da Cultura, um lugar onde os universitários já formados pudessem entrar para dar continuidade ao trabalho que vinha desenvolvendo lá, no tempo em que eram estudantes. Estamos dando os primeiros passos na Paróquia Nossa Senhora das Graças, juntamente com a coordenação do professor Bite e de sua esposa, Sílvia; já tivemos alguns eventos, recital de poesias, alguns momentos também de encontro com a música popular brasileira, e divulgação do trabalho cultural a Igreja em nível mundial, já que a própria Igreja tem seu Conselho Pontifício para a Cultura, que foi inspirado para evangelizar nessa dimensão.
O PAPA FRANCISCO: Quando o Papa Francisco apareceu pela primeira vez para o mundo como Papa, os nossos corações se encheram de esperança por acreditar numa evangelização mais próxima do povo, mas próxima, sobretudo, daqueles que não têm voz nem vez na nossa sociedade, que são os mais pobres. A Igreja fez, aliás, a opção preferencial pelos pobres por conta do projeto do Cristo Jesus, que é um projeto aberto aos excluídos da sociedade; então vemos com esperança a nomeação e o Ministério do novo Papa Francisco, como uma forma de lutarmos por uma igreja mais profética, mais próxima do povo, onde binômio fé e vida possam ser realmente ser vivenciado com todo vigor que o evangélico nos propõe.
LEIA, NA ÍNTEGRA, A ENTREVISTA:
DISCÍPULO DO PAI: Para mim, sempre foi uma honra ser uma espécie discípulo do próprio pai; aprendi com ele as primeiras letras, na nossa casa, e é sempre motivo de alegria levar o nome do meu pai no meu próprio nome, no gosto pela cultura, pela literatura, sobretudo a dimensão poética dos versos e estrofes que conhecemos da parte dele. Lembro com grande alegria da sua biblioteca na nossa casa, e lá pude aprender com ele muito da literatura universal, das nossas letras, da literatura de Vitória da Conquista, por isso, para mim, não é um peso, mas uma grande honra levar o nome do meu pai no meu próprio nome.
O ACERVO DE MOZART: Meu pai dizia que não existe uma cidade sem sua memória preservada e esse acervo ele deixou comigo para que eu pudesse cuidar e, no momento certo, compartilhando com a comunidade conquistense. Um acervo que reúne volumes do literatura universal, da literatura brasileira, regional, um acervo que reúne também obras de memória histórica de nossa região. No momento, esse acervo se encontra sob a minha guarda, mas pretendo em breve, com a ajuda dos poderes públicos, compartilhar esse acervo; uma parte desse acervo foi doada ao Museu Regional de Vitória da Conquista e se encontra numa sala dedicada ao escritor Mozart Tanajura, e todos que quiserem conhecer estão convidados.
A OBRA DE CAMILO: A obra de Camillo de Jesus Lima foi reunida pelo meu pai e em vários volumes, inclusive; foi um trabalho de pesquisa de bastante dedicação, de enorme esforço intelectual, ele tinha realmente esse grande amor pelas letras, sobretudo pelos escritores regionais. Lembro que nossa casa estava sempre de portar abertas aos escritores regionais, para que ele pudesse corrigir, dando orientações, elaborando o prefácio das obras. Em relação à obra de Camillo de Jesus Lima não poderia ser diferente. Ele se empenhou bastante na produção, na reunião das poesias inéditas, mas, infelizmente, até o momento, essa obra não foi publicada, como muitos gostariam que fosse.
PASTORAL DA CULTURA: A Igreja Católica, no Brasil, tem diversos mecanismos de evangelização e, dentre esses mecanismos, estão as pastorais, os movimentos, que atual diretamente na evangelização de uma determinada dimensão e a Igreja sempre se preocupou com o mundo da cultura; então, e Igreja quer dar sua contribuição no mundo da cultura através de uma pastoral específica, que se chama Pastoral da Cultura, que se encaminha em parceria com a Pastoral Universitária, à qual já havíamos dado início em nossa paróquia algum tempo atrás, com o trabalho brilhante do padre João Santos Cardoso, que hoje é bispo da Diocese de São Raimundo Nonato, no Piauí, e com sua transferência para lá eu acabei assumindo esse trabalho da Pastoral Universitária, que está dando seus primeiros passos agora. E aí surgiu a necessidade de se criar a Pastoral da Cultura, um lugar onde os universitários já formados pudessem entrar para dar continuidade ao trabalho que vinha desenvolvendo lá, no tempo em que eram estudantes. Estamos dando os primeiros passos na Paróquia Nossa Senhora das Graças, juntamente com a coordenação do professor Bite e de sua esposa, Sílvia; já tivemos alguns eventos, recital de poesias, alguns momentos também de encontro com a música popular brasileira, e divulgação do trabalho cultural a Igreja em nível mundial, já que a própria Igreja tem seu Conselho Pontifício para a Cultura, que foi inspirado para evangelizar nessa dimensão.
O PAPA FRANCISCO: Quando o Papa Francisco apareceu pela primeira vez para o mundo como Papa, os nossos corações se encheram de esperança por acreditar numa evangelização mais próxima do povo, mas próxima, sobretudo, daqueles que não têm voz nem vez na nossa sociedade, que são os mais pobres. A Igreja fez, aliás, a opção preferencial pelos pobres por conta do projeto do Cristo Jesus, que é um projeto aberto aos excluídos da sociedade; então vemos com esperança a nomeação e o Ministério do novo Papa Francisco, como uma forma de lutarmos por uma igreja mais profética, mais próxima do povo, onde binômio fé e vida possam ser realmente ser vivenciado com todo vigor que o evangélico nos propõe.
Fonte: Blog do Fábio Sena
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