terça-feira, 11 de março de 2008

Papa dá orientações para uma boa confissão

Em uma época como a nossa em que, infelizmente, se perde cada vez mais o sentido do pecado, a Igreja deve “propiciar ternura divina a quem ao pecador arrependido que se confessa, assim como o demonstram tantos episódios Evangélicos, todos com acentuada comoção” declarou Bento XVI aos sacerdotes que freqüentaram, no Vaticano, o Curso de preparação ao Ministério da Confissão. O Pontífice sublinhou a necessidade de fazer entender que no Sacramento da Reconciliação, o fiel experimenta o perdão e a alegria pacificadora do perdão de Deus por qualquer pecado que tenha sido cometido, desde que o reconheça com humildade, e experimenta sempre”.

Segundo o Papa, “quando se insiste com a acusação do pecado – que não deixa de ser necessário para levar o fiel a compreender a gravidade do ato - corre-se o risco de colocar em segundo plano aquilo que é central, ou seja, o encontro pessoal do penitente com Deus, Pai de bondade e de misericórdia.

De fato, “no coração da celebração sacramental não está o pecado, mas misericórdia de Deus, que é infinitamente maior do que a nossa culpa”. Em seu discurso Bento XVI recomendou ainda aos Bispos e aos sacerdotes que coloquem em evidência a união estreita que existe entre o sacramento da Reconciliação e a conversão”.

“Deste modo, continuou o Papa, entre a prática do sacramento da Confissão e uma vida voltada ao seguimento sincero de Cristo, pode instaurar-se um tipo de “círculo de virtude” que jamais se encerra, no qual a graça do Sacramento sustenta e alimenta o empenho de ser fiel discípulo do Senhor”.

De outro modo, observou o Santo Padre, “a celebração do Sacramento corre o risco de tornar-se algo formal que não incide na realidade da vida cotidiana”. O Papa recordou que mesmo aqueles animados pelo desejo de seguir Jesus, se não se confessam regularmente, correm o risco de perderem, aos poucos, o ritmo espiritual até enfraquecê-lo de vez”: “Quando o fiel se aproxima do Sacramento da Reconciliação com freqüência, permanece vivo nele o desejo da perfeição Evangélica”.

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