domingo, 22 de maio de 2011

Irmã Dulce é exemplo de conquista, diz Dom Murilo Krieger

Dom Murilo Krieger, cardeal e acerbispo de Salvador, que dará início ao rito de beatificação de Irmã Dulce, marcado para começar às 17h deste domingo (22), chegou cedo ao Parque de Exposições para acompanhar a programação religiosa que precede a cerimônia principal.

Dom Murilo comenta que os discípulos de Jesus têm como meta a imortalidade e que Irmã Dulce é um exemplo de conquista. “Ela colocou isto em prática. Ela tinha aparência frágil, limitada, com pouca saúde e, mesmo assim, conseguiu. Um dia como este é um estímulo para também sermos santos, buscando o caminho de Deus”, ensina.

O rito que consagrará Irmã Dulce como Bem-aventurada começará com um pedido do arcebispo de Salvador solicitando ao Santo Padre que inscreva, na lista dos santos e beatos da Igreja, o nome da religiosa baiana.

O bispo auxiliar de Salvador, Dom Gregório Paixão, complementa dizendo que uma das grandiosidades de Irmã Dulce foi a perseverança. “Ela mostrou que a superação humana leva ao conhecimento divino. Que em vez de nos preocuparmos com os pseudos-problemas, nós podemos criar o belo”, conta ele, que iniciou a vocação religiosa na mesma congregação que Irmã Dulce se tornou noviça, em Sergipe.

Para Dom Gílio Filício, bispo da Diocese de Bajé, Irmã Dulce tocou no coração do Evangelho. “Ela é a nova fantasia da caridade, que é partilhar sua vida toda pelo povo, nas pessoas necessitadas. Irmã Dulce reconheceu nas pessoas pobres o Jesus e este dia significa que ela está no coração de Deus”, afirma.

Representante papal

O cardeal Dom Geraldo Majella, atual arcebispo emérito de Salvador, foi uma das autoridades da Igreja Católica que acompanhou de perto o curso de onze anos até o Vaticano autorizar a beatificação de Irmã Dulce. Neste domingo, ele pedirá, em nome do Papa, que a biografia da Irmã seja beatificada. “Quando cheguei aqui, há 12 anos, senti de perto toda a obra que Irmã Dulce tinha deixado, ela que o povo batizou de Anjo Bom da Bahia. Estou aqui e, se Deus quiser, participarei de todo processo de canonização”, diz.

Ao lado dele, Dom Lorenzo Baldisseri, representante do Papa no Brasil, diz estar vivenciando um momento extraordinário. “Irmã Dulce foi uma santa e um modelo de vida, na dimensão espiritual e na dimensão humana, para todos os irmãos. Esta mulher testemunhou o amor de Deus com suas obras. Teve apoio das pessoas porque forneceu uma formidável promoção humana. A Igreja Católica quer mostrar ao mundo que existem pessoas excepcionais”, relata o núncio apostólico do Brasil.

Dom Lorenzo lembrou a fala do Papa Bento XVI na praça de São Pedro, no Vaticano, na manhã deste domingo. “O Santo Padre evidenciou este evento para todo o mundo”, completa.

Por Tatiana Dourado
Fonte: G1

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