segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Combatendo o bom combate - Por Ítalo Brito

A busca do sucesso como meta contínua das organizações no cenário dos negócios e das pessoas nas tribos sociais é uma questão de competência, capacitação, força de vontade, conhecimentos e habilidades estratégicas. A leitura do panorama social nos remete a uma visão de força, rapidez, qualidade e competitividade, elementos que ditam comportamentos e objetivos das empresas e dos indivíduos que buscam nos nichos culturais, interesses diversos, focando sempre o poder, que é uma fonte de múltiplos conflitos.

A observância do mundo contemporâneo e suas estratificações desenham fatores urbanos que projetam a idéia de que tudo e todos estão em pleno combate e para tanto o diferencial são as estratégias adotadas para se conquistar espaço, sonhos, empregabilidade, sucesso e status. Dentre outras forças competitivas ressalta-se a luta das empresas na conquista de novos mercados e até para se manterem nos níveis atuais. A realidade dos contextos sociais é que a vida comercial ou social é extremamente competitiva e vencer é um caminho a ser percorrido com determinação, criatividade, objetividade e acima de tudo com ética.

A ética na vida deve ser uma busca continuada por todos que desejam o sucesso nos negócios ou nos projetos pessoais. Nesta realidade o grande desafio é a formação de pessoas e organizações com comportamentos balizados por valores e costumes que expressem respeito, dignidade, amor ao próximo (cliente), compreensão e tolerância. A identificação desses valores são riquezas que representam o que é bom para o indivíduo e para a sociedade que politicamente é carente de modelos comportamentais que estabeleçam valores os quais expressem os deveres e os direitos nos relacionamentos interpessoais e comerciais.

Se entre o querer e o conquistar, as políticas da vida nos obrigam a agir de forma competitiva, e é assim que devemos atuar enquanto pessoa jurídica na busca dos objetivos da organização, ou pessoa comum nas motivações individuais, profissionais e sociais, pois neste cenário, como nunca, para vencer é necessário ser competitivo e estar preparado para os desafios que as oportunidades nos impõem, ressaltando que neste panorama tudo é gerido por um código de ética que coloca em julgamento os fatos relativos à conduta, especialmente daqueles que pensam que vencer é uma questão de combater o outro ou a concorrência e para tanto estão usando de estratégias maléficas alimentadas por um desejo incontrolável de vencer, ou medo do fracasso, o que acaba se transformando em métodos não competitivos no ambiente empresarial.

Colocando em foco que nas questões pessoais surgem as motivações que alimentam os sentimentos de inveja e orgulho dentre outros, fazendo com que as pessoas ao invés de trilharem o caminho da moral, adentrem nos atalhos da vida e se enveredem por caminhos censuráveis, alimentados pela idéia de “levar vantagem em tudo” para atingir seus objetivos.

A verdade é que se mudamos a nossa forma de pensar, transformamos os nossos atos e profissionalmente nossos modelos de gestão, influenciamos positivamente o ambiente, criamos em nossa órbita uma atmosfera norteada por princípios e valores que farão da nossa sociedade uma sociedade equitativamente justa, isto é cultura. Quando combatemos o bom combate, somos competitivos, justos, honestos, respeitosos quanto ao próximo (clientes e concorrentes), somos éticos e humildes para reconhecermos que o nosso valor está no valor que atribuímos ao outro. Somos todos seres humanos passíveis de erros e acertos; o importante é sabermos um ao outro ajudar, é julgarmos menos e amarmos mais. No amor está a verdadeira ética que norteará as empresas e as pessoas no combate do dia-a-dia. Uma organização é composta dentre outras coisas de pessoas são elas que fazem as coisas acontecerem, pessoas equilibradas geram relacionamentos e negócios equilibrados.

Italo Brito – Administrador, Pós-graduando em Gestão de Pessoas (FAINOR), Gerente comercial da COFET e Tutor da UNOPAR.

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