
Obama recordou sua "maravilhosa" conversa telefônica com o Pontífice, logo após sua eleição presidencial, e declarou que está de acordo com ele sobre como enfrentar a crise no Oriente Médio: "O que os Estados Unidos podem fazer, sem impor a solução, é colocar um espelho diante de israelenses e palestinos para mostrar as conseqüências de suas ações. Este é o tema sobre o qual estou ansioso para discutir com o Santo Padre, que, creio, compartilhe a minha opinião".
"Politicamente, vejo o encontro com Bento XVI como um diálogo com um chefe de estado estrangeiro, mas tenho consciência de que, naturalmente, é muito mais que isso. Entendo bem a influência que o Papa possui, muito além dos confins da Igreja Católica. O Pontífice desfruta do meu máximo respeito pessoal, como alguém que alia uma grande cultura a uma grande sensibilidade".
O presidente norte-americano citou ainda a obra que o Papa desempenha em prol do diálogo interreligioso e fez votos para que encontrem juntos temas sobre os quais poderão colaborar por muito tempo: da paz no Oriente Médio à luta contra a pobreza, das mudanças climáticas à imigração.
Sobre temas polêmicos, como aborto e bioética, o presidente dos EUA garantiu que não ignorará as críticas da Igreja: "Defenderei sempre com força o direito dos bispos de me criticarem, inclusive com tons exaltados. E ficaria feliz em acolhê-los aqui na Casa Branca, para falar de temas que nos unem e que nos dividem, em uma série de mesas-redondas. Todavia, sempre haverá âmbitos nos quais não será possível encontrar pleno acordo".
O Papa vai receber Obama no próximo dia 10, no Vaticano, ao final da reunião de cúpula do G8.
Fonte: Rádio Vaticano
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