quarta-feira, 8 de abril de 2009

A liturgia e as tradições da Semana Santa

As celebrações da Semana Santa são ricas em símbolos, cores litúrgicas e textos bíblicos que apontam para a grandeza do mistério Salvífico de Cristo.

Na segunda reportagem da série sobre a Semana Santa, você vai conhecer um pouco mais das celebrações deste tempo e também das tradições populares, que embora não oficiais, são manifestações de fé do povo.



Nas celebrações, a austeridade desponta. As cores e ritos litúrgicos têm um objetivo: meditar a entrega de Cristo em favor da humanidade.

A Semana Santa tem início no Domingo de Ramos, recordando a entrada triunfante de Jesus em Jerusalém. Nos dias que se seguem, ainda é tempo de penitência.

A entrega total na cruz é anunciada na última ceia, quando Jesus instituiu a Eucaristia, memória celebrada na Quinta-feira santa.

Ainda na quinta-feira, a Igreja procura comunicar visualmente o mistério que transcende a inteligência humana. Desnuda-se o altar e o silêncio ecoa na trasladação do Santíssimo.

Na Sexta-feira da Paixão - título dado para recordar a morte de Cristo por amor a humanidade - a celebração é marcada pelo silêncio. Com o vermelho das vestes sacerdotais se recorda o sangue derramado em favor dos pecadores.

No sábado, a Vigília pascal interrompe o silêncio e o Exulte é entoado: Cristo ressucistou dos mortos! Já não há mais motivo para o pranto.

A Páscoa é celebrada com grande festa, estendido por mais oito dias, o que chamamos de oitava de Páscoa.

Em Paraty, no Rio de Janeiro, sobrevive a Procissão do Fogaréu, conhecida também como Noite da Prisão. Nascida no século XVIII, foi esquecida com o passar do tempo, mas nos anos 70 foi retomada na cidade. Os fiéis, com velas nas mãos, participam da encenação da prisão de Cristo.

Embora não oficiais, as devoções populares têm significado importante para piedade popular, como a Procissão do Encontro que, em algumas cidades, acontece na Quarta-feira Santa. As imagens de Nossa das Dores e Jesus são levadas pelas ruas, representando o encontro da mãe com o filho, no caminho ao Calvário.

Por Liliane Borges
Fonte: Canção Nova

Nenhum comentário: