sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Doença atinge anualmente 250 mil pessoas

Domingo, 25 de janeiro, o mundo recorda os doentes de Hanseníase, comumente chamada de lepra. O Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os agentes de Saúde, Cardeal Javier Lozano Barragán, lançou um apelo a não nos esquecermos destas pessoas.

O Dia Mundial dos Doentes de Hanseníase é um grande evento de solidariedade que quer levar ao centro da atenção internacional uma doença muitas vezes ignorada pelos meios de comunicação, e que ainda hoje, atinge anualmente mais de 250 mil pessoas, das quais 40 mil, crianças. Em uma mensagem, o Cardeal Barragán pede aos governos uma "atenção especial" às crianças doentes.

Socialmente falando, prossegue a mensagem, ainda existe certo temor, infelizmente gerado pela ignorância; um medo que provoca sentimentos de exclusão e muitas vezes de estigma em relação aos doentes, o que os torna ainda mais vulneráveis. Ao contrário, sugere o cardeal, é preciso oferecer informações corretas, amplas e difusas sobre a lepra e seus efeitos devastadores para suscitar a solidariedade ativa e fraterna, nas pessoas e na sociedade.

"Inspirando-se no exemplo de Jesus Cristo, médico do corpo e do espírito", afirma ainda o cardeal mexicano, "a Igreja sempre teve uma solicitude especial em relação aos doentes de lepra". A mensagem cita dois exemplos: o Bem-aventurado Padre Damien de Veuster, que deu sua vida pelos leprosos, e o jornalista católico Raoul Follereau, idealizador do Dia Mundial dos Doentes de Lepra, que rodou o mundo para sensibilizar a opinião pública sobre a dramática condição destes doentes.

No Brasil, temos o exemplo do Padre Bento Dias Pacheco, que no século XIX, ao assumir o comando da fazenda de sua família, entrou em contato com os escravos portadores deste mal e se aproximou desta realidade. A partir deste momento, optou por consagrar-se ao serviço dos leprosos da região, o que fez por 42 anos.

"É bonito, e consolador, frisa ainda a mensagem do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, constatar que desta luta ao mal de Hansen, participam associações e organizações não-governamentais que vão além das pertenças religiosas, ideológicas e culturais, encontrando-se todos na finalidade comum de levar aos doentes a oportunidade de readquirir o bem estar social, sanitário, e espiritual".

Fonte: Rádio Vaticano

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