sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O destino do Lixo! Problema que muitos prefeitos vão enfrentar



Em outros tempos, revirar o lixo era sinônimo de miséria. Hoje, pode ser sinônimo de dignidade. Em um país onde metade do esgoto e do lixo continua sem a devida atenção, algumas pessoas podem fazer a diferença. A segunda reportagem especial sobre os "Desafios das Cidades" para os próximos anos, mostra iniciativas populares que deram certo no combate à poluição do meio ambiente.

O número dos que trabalham no lixo, os chamados catadores, chega a 800 mil em todo país. Eles conseguem arrancar dos lixões cerca de 5 bilhões de reais por ano. A iniciativa cresceu depois da Eco92 no Rio de Janeiro.

Para o urbanista, do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam), Victor Zveibit, os resíduos sólidos do lixo resolvem problemas ambientais e sociais. "Os catadores são parceiros do meio ambiente que ajudam reduzir a quantidade de lixo que vai para o aterros sanitários", afirma.

Atualmente apenas 12% do lixo são reciclados, o que representa 60 milhões e 500 mil toneladas recolhidas por ano, mas o destino da maior parte é o lixão. A cada ano a consciência do poder público tem feito aumentar a quantidade de aterros controlados e aterros sanitários que impedem o vazamento do volume para os lençóis freáticos.

Outro problema de grande proporção vem dos esgotos. Em Ubatuba, interior de São Paulo, um grupo de moradores criou uma cooperativa para resolver o problema de poluição da praia. A estação construída pelos moradores, coleta mais de 4 milhões de litros de esgoto em mês de alta temporada. A cooperativa é um exemplo de iniciativas populares que reciclam a consciência social.

Por Pedro Teixeira/Canção Nova

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