quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Companheirísmo entre os paroquianos


A vida cristã supõe vida de c o m u n i d a d e , nos diz o documento de Aparecida. A vida de comunidade se esforça para superar os egoísmos, fortalecendo a capacidade para a partilha e a solidariedade. Na vida do casal, partilha não é difícil quando existe amor e confiança. Quando amamos, somos capazes de fazer grandes coisas para as pessoas amadas. A separação dos casais é dolorosa, porque envolve amor e projetos. A vida perde muito de seu sentido. A separação e o conflito na vida comunitária também são dolorosos. E os conflitos são inevitáveis. Eles existirão e deverão nos ajudar a crescer, como deveria acontecer entre os casais. Depois de uma briga, que surja o crescimento na vida comunitária.

Os outros me dão a oportunidade de crescer, de superar-me e de descobrir quem sou eu. Dizem que Adão e Eva não tinham espelhos. E Adão perguntou para Eva: Como é minha cara? Qual é a cor dos meus olhos? Como sou eu? E Eva ia lhe mostrando quem e como ele era. Eva teria feito o mesmo com Adão. Nós nos descobrimos quem somos na comunidade. Só junto com os outros é que aprendemos a falar, a formular idéias e a nos comunicar. Sou quem sou junto e com os outros, dizem os sociólogos.

No entanto, não é qualquer pessoa que deve ser nosso espelho. Bons amigos são vitais em nossos relacionamentos. Já diziam os antigos: “Dize-me com quem andas e eu dir-te-ei quem és”. Por isso, devemos ter critérios para escolher nossos amigos. Alguns têm amigos só por interesses, tais como: ter vantagens econômicas, votos em eleições, satisfazer o próprio egoísmo etc.

A paróquia, a Igreja, deveria ser o lugar onde poderíamos encontrar os melhores amigos. É que a iniciativa da escolha é do próprio Cristo, que escolheu os doze apóstolos. Não foram os apóstolos que se escolheram entre si. Por isso, entramos na comunidade paroquial sem escolher o lugar. A primeira carta aos Coríntios, cap. 12, nos diz que somos um corpo com muitos membros. Todos eles são importantes. Mas, não são os membros, tais como: mãos, pés, coração, olhos etc., que escolhem o lugar ou os outros membros. Somos introduzidos na comunidade, sem escolher o lugar. Amamos quem não escolhemos. Cristo colocou quem quis ao nosso lado e são essas pessoas que nos ajudarão e nos santificarão.

Cristo é o motivo que nos faz viver em comunidade. E nós nos envolvemos com ele na construção do Reino. Jesus e sua Missão ocupam o lugar central. Há pluralidade de tarefas, mas os objetivos são comuns, apesar de enfrentarmos conflitos. Por causa dos conflitos, espera-se que os membros desenvolvam o s va l o r e s e va n g é l i c o s : compreensão, perdão, ajuda... Aceitam-se as tensões como meios de crescimento. Se você deseja crescer, junte-se a nós e, no amor de Jesus, vivamos em comunidade, construindo um mundo novo com Jesus. Vivamos o companheirismo na paróquia.

Pe. Eugênio João Mezzomo,
Paróquia São Paulo da Cruz
CP, Pároco

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