terça-feira, 13 de outubro de 2009

Novo Papel do Gerente - II (Por Ítalo Brito)

Os conceitos de comportamento gerenciais sempre serão cruciais no alargamento da gestão efetiva. As organizações que utilizam o capital intelectual dos líderes bem preparados para exercerem os princípios estabelecidos por Fayol, de planejar, organizar, comunicar, coordenar e controlar terá desempenhos eficientes nas tarefas, pois as atividades gerenciais dos líderes correspondem às atividades de direção e capacitação dos colaboradores, com o escopo de promover a renovação da organização...

assegurando a harmonia no ambiente em que a empresa está inserida, viabilizando o diagnóstico de suas deficiências e pontuando os aspectos positivos. O novo administrador e o gerente devem desempenhar suas competências entendendo que seu papel é determinante para a sobrevivência e sucesso da equipe de sua responsabilidade que influencia diretamente no planejamento da organização em relação a suas metas e objetivos, pois a excelência de uma empresa esta alicerçada no comportamento de seus líderes e liderados. A maneira como seus líderes enxergam o mundo, sua dedicação e sua integridade são a razão porque uma empresa conquista o sucesso. Segundo Chiavenato (1994, p. 145), “os gerentes são responsáveis diretos pela sobrevivência e pelo sucesso da organização. Cada sucesso da empresa é o sucesso de um ou mais gerentes. Cada fracasso é o fracasso de um ou mais gerentes”.

O gerente deve dominar o conhecimento que o habilite a conduzir pessoas na excelência de sua função de liderança e o mesmo precisa administrar as diferenças entre os membros de sua equipe, pois seu papel é importante em todas as atividades e em todas as organizações, principalmente nas empresas, onde sua função de liderança deve ser algo peculiar e não apenas uma delegação do cargo exercido, uma vez que um bom dirigente deve ser um bom líder. Chiavenato (1994, p 157) afirma que, nem sempre “o líder é um dirigente ou gerente”. Diante do exposto, pressupõe-se que as ações de um indivíduo, que exerce influência sobre outros no ambiente, ainda que de maneira informal está exercendo liderança. No contexto organizacional a empresa precisa de líderes alocados hierarquicamente em seu quadro formal, gerindo nas áreas de sua atuação, e é na gerência que reside o ponto mais crítico da liderança. Chiavenato (1994, p. 146), acrescenta, ainda que; O gerente não lida apenas com capital ou dinheiro, com máquinas ou equipamentos, mas trabalha, sobretudo com pessoas. É através das pessoas que o gerente consegue a execução das tarefas a alocação dos recursos materiais e financeiros a produção de bens ou serviços, bem como o alcance dos objetivos organizacionais.

Constata-se que os diversos estilos de liderança presentes nos administradores e gerentes devem desenvolver políticas abrangentes e, com base na contribuição deste estudo, estabelecer um ambiente onde todos interajam com uma visão voltada para as pessoas e suas diferenças, e que as mesmas sejam orientadas a desempenharem com eficiência suas tarefas, visando sempre à eficácia das metas estabelecidas pela organização. Ser gestor é muito mais do que analisar e produzir resultados econômicos, ser gerente é ser um líder, com uma visão voltada para os colaboradores que motivados e valorizados produzirem os resultados esperados pela organização. Embora existe uma diferença notória entre o papel desenvolvido por um gerente em relação às características de um líder, os dois acabam por se aproximarem no que se refere à atuação em organizações, e sabe-se que é um tanto quanto difícil fazer uma separação distinta das atividades. Para ser um gerente dinâmico é imprescindível que o mesmo exercite os papéis de liderança no ambiente organizacional. Para Silva (2001, p. 262), “uma visão comum é que o trabalho do gerente requer a habilidade da liderança e a liderança e, um efeito, um subconjunto do gerenciamento, ainda que liderança seja um atributo especial que pode ser diferenciado dos outros elementos do gerenciamento”. O grande desafio nesse sentido é diferenciar as ações de um gerente de um líder gerente, e nesta visão Bennis, Snell (1996, p. 42) aponta as diferenças de comportamento entre o líder e o gerente, para ele; O gerente administra; o líder inova. O gerente é uma copia; o líder é original. O gerente mantém; o líder desenvolve. O gerente prioriza sistemas e estrutura; o líder prioriza pessoas. O gerente depende do controle; o líder inspira confiança. O gerente tem uma ação em curto prazo; o líder, perspectiva de longo prazo. O gerente pergunta como e quando; o líder pergunta o que e por que. O gerente vive com olhos voltados para o possível; o líder com olhos no horizonte. O gerente limita; o líder inventa. O gerente aceita o status quo; o líder desafia. O gerente é bom soldado clássico; o líder é seu próprio comando. O gerente faz certo as coisas; o líder faz as coisas certas.

Italo Brito – Administrador, Pós-graduando em Gestão de Pessoas (FAINOR), Gerente comercial da COFET e Tutor da UNOPAR.

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